CCB - Centro Cultural de Belém
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QUATRO ÚLTIMAS CANÇÕES | Temporada Sinfónica Orquestra Metropolitana de Lisboa Richard Strauss compôs mais de duzentas. Ao fim das Quatro Últimas Canções, conseguiu um silêncio e uma serenidade de encher o peito. Em 1948, já com 84 anos de idade, completou este breve ciclo temático em que enfrentou com despudor o assunto da Morte. Três das canções têm poemas de Hermann Hesse, vencedor do Prémio Nobel, dois anos antes. A Morte é assim evocada na sua expressão mais sublime, como um estágio da existência propício à reflexão contemplativa da própria vida. A entoação dolente da voz soprano deseja com ardor o retorno da primavera. Projeta a fadiga e o descanso na descrição de um jardim outonal. Mergulha num sono eterno e livre, diante do céu que escurece. Diz adeus às cotovias e ao perfume do ar, numa paz profunda e tranquila. Em sentido inverso, e do mesmo Strauss, junta-se neste programa uma obra que remonta ao início da sua carreira, no final da década de 1880. O poema sinfónico Macbeth, baseado no drama de Shakespeare, apresenta uma escrita orquestral cheia de vitalidade, imponente, na linhagem de Liszt e Wagner. Contrasta, também aqui, com a mais bucólica das sinfonias de Antonín Dvořák, composta pela mesma altura no coração da Boémia. R. Strauss Macbeth, op. 23 (1888, 22 min.) R. Strauss Quatro Últimas Canções, op. posth (1948, 17 min.) A. Dvořák Sinfonia n.º 8 em Sol maior, op. 88 (1889, 39 min.) Elisabete Matos: soprano Kristjan Järvi: maestro Parceria institucional CML [Créditos da imagem: Pedro Proença]
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