19:00 até às 23:00
O Equilibrio Entre Opostos por Exas

O Equilibrio Entre Opostos por Exas

É com muito gosto e prazer que o RA 100 vos convida para a inauguração da exposição de pintura "O Equilíbrio Entre Opostos" da autoria de Alan Silveira aka Exas, que terá lugar no nosso espaço no próximo dia 1 de Dezembro por volta das 19h. 

   Mais do que elogiar o encanto que os seus trabalhos nos suscitaram, vamos deixar-vos com o seu significado para o autor e com a sua apresentação. 

O Equilíbrio entre Opostos

O equilíbrio entre os extremos ou opostos, neste caso entre a sombra e a luz, a ausência e a realização, e por fim a consciência da partilha entre os dois - este foi o desafio proposto a mim mesmo.

Um jogo, uma dança, um vai e vem de interações, onde a abertura dá espaço ao tempo e o tempo dá abertura ao espaço - tudo isto para que ambos se possam manifestar! 

Para a realização das obras aqui apresentadas, optei por alcançar um desejo que há muito me acompanhava, utilizar técnicas "novas", abraçar o desafio e a curiosidade de experimentar outras abordagens, e outras formas de manifestação, sabendo que o resultado seria diferente do realizado até então.

Optei por utilizar, em algumas peças, a técnica "Dripping" com a qual já me tinha cruzado, não como realizador, mas como observador, diria até um  atento espetador de um processo fascinante, com resultados surpreendentes, revelando na maioria das vezes padrões de comportamentos orgânicos, idescritiveis na sua metamorfose. Uma inspiração. 

Munido com novas técnicas e novos padrões, o desafio foi o de equilibrar os opostos. O equilibrio aqui, invoca a presença de ambos num só contexto, em que nenhum se poderia sobrepor ao outro, a importancia de ambos seria equitativa e complementar no resultado final.
 
Nesta primeira fase, a manipulação da tela, o controlo e descontrolo fazem parte, sem pincel e apenas com a tinta a escorrer, iniciava assim a técnica "dripping".

A tinta por vezes era conduzida a uma queda livre, onde a gravidade de forma hipnotizante a aliciava a escorrer. Outras eram as vezes, onde a queda
era apenas um leve deslizamento de tinta, como uma dança que se fundia ou não, com o seu oposto, um constante e inconstante fluir, com ou sem direção de surpresas.

Como opostos escolhi jogar com o Branco e o Preto - o monocromático. A dança entre ambos, onde um teria que necessariamente dar espaço ao outro e vice-versa,seria uma "quase" constante, quase porque a ausência do fluir, a estagnação no tempo, a pausa de permitir à tinta a sua secagem, teve que ter o seu respetivo lugar no espaço e no tempo. Tudo isto, permitia-me manipular a maior ou menor densidade de tinta pretendida. Enfim, a pausa tem o seu lugar, é ela que nos revela de forma sensata qual o passo a seguir. É sensato pausar.

No processo sinto e valido que todas as dimensões têm o seu equilíbrio. Dimensões como a
gravidade, velocidade, tempo e direção, todos trabalhando em uníssono numa metamorfose aliciante e desafiadora, sempre com a curiosidade, a fé e o pequeno receio de falhar algo que não têm como falhar, simplesmente porque a falha também ela é interprete de si mesma, no leque e na vastidão de emoções e interpretações que a obra possa apresentar.
 
E assim foi, passado um período de pinturas e feliz com o resultado final do dripping, passei para a outra etapa - dar sentido ao padrão existente que em muitos casos se transmite num caos abstrato, nascendo assim, a necessidade de estabelecer uma ordem. O caos, a desordem e o abstrato latente, teriam que agora ser interpretados, identificados, valorizados e equilibrados no todo, através do seu oposto - a ordem e o sentido - teriam que nascer.
 
O desafio desta segunda fase, foi também impulsionador para a concretização desta coleção, uma vontade enorme em interpretar o caos. A vontade de o ler, dar sentido a uma desordem, julgo que parte dos pintores, escritores, artistas e poetas se inspiraram no caótico, pelo desafio incompreensível que enquanto "solo", apresenta.

Resolvi assim, procurar dar um sentido coletivo a ambos, caos e ordem de mão dada. Por outras palavras o "solo" deixou de existir, e a procura de um sentido no caos teve, mais uma vez, que contemplar a ordem desejada sem aniquilar o próprio caos. Um ajudou o outro, ambos se apoiaram mutuamente, com igual valor, onde o caótico deixou de ser incompreensível para desempenhar um caos, agora compreensível com sentido e razão de ser. 

Por fim, verifico e valido uma vez mais que foi a ordem que pariu o caos e vice-versa.

Na coleção exposta existe também um conjunto de trabalhos onde outras técnicas que foram utilizadas, onde a inspiração se apoiou na vertente gráfica dos contrastes entre as formas e as cores. 

A exposição contará ainda com 2 instalações que visam sensibilizar o público presente para toda uma conjuntura económica, não sustentável que deriva do impacto consumista e da competição desenfreada praticada hoje, pelas sociedades modernas.

Na inauguração, haverá ainda uma sessão de música ao vivo, com amigos que amavelmente se dispuseram ao convite.

Bem-vindos! 

Alan Silveira aka "Exas"

 A exposição estará patente até ao próximo dia 21 de Dezembro e poderá ser visitada de 4ª a Domingo das 19h às 23h. 

   Cá vos aguardamos!
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