Com uma configuração instrumental pouco habitual, os Slow is Possible trabalham composições bem estruturadas, que convocam toda a panóplia instrumental, num inteligente trabalho de orquestração, explorando uma original mescla de referências musicais que entrecruza elementos de jazz, pós-rock e música de câmara, numa música que acaba por soar muito cinematográfica. O nome do projeto alude a uma composição de John Cage – As Slow as Possible. Com dois álbuns editados, o último dos quais o recente “Moonwatchers” pela prestigiada editora Clean Feed, este sexteto de instrumentistas parte de motivos melódicos que se repetem de forma obsessiva, avançando em crescendos, evoluindo para momentos de explosão, alternando também com momentos de acalmia e contemplação. A qualidade da interpretação assenta na força da estrutura coletiva, mas também se serve da qualidade das performances individuais. Segundo o crítico de música Rui Eduardo Paes, “Os Slow is Possible deixam-nos primeiro perplexos, depois confusos e finalmente conquistam-nos. Congregam em si o melhor de vários mundos, mas não é de um jazz de fusão ou de colagem que se trata. O trabalho rítmico é o do jazz, claramente. Swinga e é ‘groovy’, mas com a desenvoltura e a ligeireza do rock. A estratégia seguida é o contraste, com a magnífica qualidade de tornar plausíveis as antinómicas combinações que se vão sucedendo.” Guitarra Elétrica - João Clemente Contrabaixo - Ricardo Sousa Saxofone - Bruno Figueira Violoncelo - André Pontífice Bateria - Duarte Fonseca Piano - Nuno Santos Dias
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