17:00 até às 18:00
Ciência, Técnica e Luzes

Ciência, Técnica e Luzes

Grátis
CIÊNCIA, TÉCNICA E LUZES
A Reforma Pombalina da Universidade de Coimbra de 1772, conduzida pelo Marquês de Pombal, transformou o ensino nesta instituição, criando para o ensino experimental das ciências o Laboratório Químico, o Gabinete de Física Experimental, o Museu de História Natural, o Jardim Botânico e o Observatório Astronómico.
Durante o ano em que a Associação Internacional de Cidades e Entidades do Iluminismo (AiCei) é presidida pela Universidade de Coimbra, o Museu da Ciência da UC organiza um ciclo de iniciativas dedicadas ao iluminismo.

PROGRAMA
17 de janeiro
José Monteiro da Rocha (1734-1819) e a institucionalização da ciência em Portugal |
Fernando Figueiredo (Doutor em História da Matemática pela UC) 
7 de fevereiro
Coimbra e o Brasil: Causas e consequências da Reforma Pombalina | Décio Ruivo Martins (Centro de Física da Universidade de Coimbra - CFisUC)
21 de fevereiro
A reforma pombalina das ciências da saúde: quadro institucional (1772-1836) | João Rui Pita (Faculdade de Farmácia e CEIS20 – Universidade de Coimbra)

7 de março
Colégio Real dos Nobres: o primeiro modelo de ensino experimental do iluminismo pombalino | Ana Cristina Araújo (Faculdade de Letras da UC)

O ministro de D. José, Sebastião José de Carvalho e Melo, procurou dotar a nobreza de um instituto moderno de educação que, à semelhança de outras escolas congéneres europeias, garantisse à tradicional elite de poder o acesso a novos conhecimentos e competências práticas. Com o objetivo de criar um colégio moderno para a antiga nobreza, a carta de lei de 7 de março de 1761 institui o Colégio Real dos Nobres. Ficou instalado no edifício do noviciado da Companhia de Jesus, no sítio da Cotovia, vago depois da expulsão daquela congregação religiosa, decretada em 3 de setembro de 1759. 
Apesar da aprovação dos seus estatutos ter ocorrido em 1761, prolongou-se muito o período de contratação de professores estrangeiros e de dotação das suas instalações. O edifício foi provido 
de uma livraria privativa, adequada à natureza dos estudos do Colégio Real do Nobres, e de um gabinete de “máquinas” e instrumentos de Física.
Oficialmente, a abertura do Real Colégio dos Nobres realizou-se a 19 de março de 1766, com a maior solenidade, assistindo à cerimónia toda a família real e a corte. Com capacidade para albergar cem colegiais, preferencialmente escolhidos entre candidatos que tivessem foro de moço fidalgo, mais de sete e menos de treze anos e que soubessem ler, escrever e contar, o novo instituto começou a funcionar apenas com vinte e quatro rapazes, em regime de internato. Ao perceptor, Miguel António Ciera, e aos professores do colégio, a maioria italianos, foram concedidos privilégios idênticos aos que gozavam os lentes da Universidade de Coimbra.
No currículo escolar, merecem destaque, entre outros aspetos, as matérias ligadas ao ensino das ciências físico-matemáticas. Estas disciplinas foram confiadas a J. Angelo Brunelli (Aritmética e Geometria), Michel Franzini (Álgebra) e Giovanni Antonio dalla Bella (Física). Este último recebeu também o encargo de instalar o Gabinete de Física Experimental, dotado de pouco mais de quinhentos e cinquenta instrumentos e aparelhos, e que ele mesmo considerou ser il più copioso, ed il piu magnifico gabinetto dell’Eupora (Rómulo de Carvalho 1959: 139).
Entre 1765 e 1773 foi também concedido ao colégio o privilégio privativo de impressão dos livros de Euclides, de Arquimedes, e de outros clássicos das ciências matemáticas.
O traço mais notável desta instituição colegial reside na preparação do material didático destinado ao ensino experimental. O primado conferido ao ensino das ciências antecipa, em parte, a orientação dada à reforma dos estudos na Universidade de Coimbra. Depois de 1772, com a abolição do ensino técnico-científico no colégio, todos os seus instrumentos e aparelhos foram transferidos para o recém-criado Gabinete de Física da Universidade de Coimbra.

Estes e outros aspetos relacionados com a fundação do Colégio Real dos Nobres serão especialmente tratados nesta palestra. 

4 de abril
O fomento dos transportes e comunicações. Um programa iluminista em Portugal no final do século XVIII | Carlos Moura Martins (Departamento de Arquitectura, FCTUC)
6 de junho
A química na Reforma Pombalina em Coimbra: ideias, lugares, personagens e obras | Sérgio Rodrigues (Departamento de Química da FCTUC)

Local: Sala Gonçalves Guimarães (Museu da Ciência da UC)
Entrada Livre
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