20:15 até às 23:15
À MESA COM Isabel Galriça Neto - “Eutanásia?Cuidados Paliativos”

À MESA COM Isabel Galriça Neto - “Eutanásia?Cuidados Paliativos”

7€
A eutanásia ou o suicídio assistido são práticas legais na Holanda, Bélgica, Suíça, Luxemburgo, Colômbia, Canadá e em cinco estados norte-americanos. A Holanda foi o primeiro país europeu a legalizar e regulamentar a prática da eutanásia, em 2002, dando contornos legais a uma prática que já era tolerada. Em 2014, a Bélgica avançou com uma polémica alteração à já em vigor legislação que permitia a eutanásia, permitindo a sua aplicação a menores de qualquer idade. Em Portugal a eutanásia e o suicídio assistido são crimes. Desde há alguns anos que o tema ronda a esfera política sendo que o ano de 2017 ficou marcado com a entrada no Parlamento de um anteprojeto, apresentado por um grupo parlamentar, sobre morte assistida. Está em cima da mesa. Haverá um referendo sobre este tema que divide o país político e a sociedade?

Falar de eutanásia é falar de uma prática pela qual um técnico de saúde põe fim à vida de um doente incurável, de maneira controlada e assistida. Já o suicídio assistido verifica-se quando um médico, ou outra pessoa preparada para tal, fornece ao doente a substância que lhe irá causar a morte sem, no entanto, participar diretamente na ação. Não são a mesma coisa. Ambas levam à morte do doente para quem já não havia cura, para quem o sofrimento era o tudo, para quem a vida perdera o sentido.
Porém não é assim tão simples. Para falar de eutanásia e de suicídio assistido temos de falar de morte. E nós não gostamos de falar da morte. Incómodo. Não gostamos de encarar o sofrimento. Não conseguimos de forma imediata aceitar que ele faz parte da vida e que esta é digna até ao fim, mesmo nos cenários mais dolorosos. Temos medo da doença. Ou melhor porque temos medo da doença e do rosto do sofrimento, comportamo-nos como se tivéssemos medo do doente. E por vezes ouvimos dizer que a morte será para ele a melhor solução. Porque não cabe na nossa conceção a ideia de o acolher no seu sofrimento, de o cuidar na sua dignidade até que Deus o acorde para a Vida, no sono profundo da existência terrena. Não descobrimos ainda, enquanto sociedade, que ao falar de morte se descobre o grande mistério da vida e tantas vezes se aflora o segredo da felicidade. É um caminho duro este de olhar a morte sem medo, de aceitar o sofrimento e a dor com sentido, conferindo dignidade à nossa humanidade. Acompanhar quando não se pode curar. Estar. Fazer silêncio. Ver mais além.
Mas como cuidar de quem sofre? Como não perder a esperança? Como acolher o sofrimento e abraçar o sofredor, minimizando a sua dor? Cuidados Paliativos. Cuidados globais, prestados aos doentes e às suas famílias por uma equipa pluridisciplinar, quando a doença já não responde ao tratamento curativo e a expectativa de vida é curta. Há 7 centros em Portugal. Insuficiente...

Para nos falar sobre este tema contaremos com a presença da médica que tem sido no nosso país a voz que não se cansa de dizer que há muito a fazer pelos doentes que não têm cura, que a resposta a estes doentes e famílias não é a eutanásia mas sim uma aposta nos Cuidados Paliativos. Isabel Galriça Neto, a precursora da introdução de Cuidados Paliativos no Serviço Nacional de Saúde vai estar À mesa com(nosco) no dia 26 de Janeiro.

Precisamos de saber escutar, interpretar, responder ao tanto que ouviremos certamente falar sobre este tema, sobretudo se vier a ocorrer um referendo. Não queremos ser confundidos ou desinformados. Para isso, a Dra. Isabel Galriça Neto far-se-á acompanhar de um profissional de comunicação – João Reis – que nos deixará pistas para que possamos ser pessoas interventivas na nossa sociedade, vozes ativas em prol da dignidade da vida humana em todas as suas etapas, incluindo no sofrimento e na morte. 

Vai ficar em casa dia 26 de Janeiro?!
Começaremos com o jantar que terá lugar no salão paroquial da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, pelas 20h15. Seguir-se-á a conversa com Isabel Galriça Neto e João Reis e o habitual espaço de debate.
O custo é simbólico: 7€ por pessoa, mas que este não seja o impedimento para estar presente! 
Os interessados devem inscrever-se até dia 25 para o endereço de e-mail: a.conversa.com.paroquiafatima@gmail.com ou no Secretariado Paroquial (217928300).
Caso queira trazer crianças basta que o diga no momento da inscrição. Providenciaremos quem as acompanhe durante a conferência e o debate. Até lá!
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.
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