21:30 até às 00:45
Inadjectivável: Limelight, de Charles Chaplin

Inadjectivável: Limelight, de Charles Chaplin

LIMELIGHT, de Charles Chaplin, estreia uma nova rubrica da programação da Cinemateca em 2018: INADJECTIVÁVEL. Este título tem direitos de autor. Quem conviveu, um pouco que fosse, com a longa tradição das folhas de sala escritas por João Bénard da Costa para as sessões da Fundação Calouste Gulbenkian e da Cinemateca, sabe que este era o seu adjetivo maior para o que já tinha esgotado, ou já não encontrava… adjetivos. Com o tempo tornou-se marca pessoal no jogo único em que nos levava para os filmes e nos desafiava a descobrir novas formas de admirá-los. É então como memória e homenagem que resolvemos intitular assim esta nova rubrica em que nos propomos – para já, ao ritmo de uma sessão por mês – exibir uma daquelas obras para cuja beleza, ou para cuja grandeza, nunca há qualificativos suficientes. Não esquecendo que o programa mensal da Cinemateca está bem recheado deles (é pelo menos esse também o nosso esforço, dentro dos vários critérios complementares em que assenta o trabalho de programação), abrimos portanto um espaço mais livre destinado ao contacto com filmes supremos ou assim julgados com grande consenso. Aqui, o critério de escolha será apenas esse, ou, em rigor, a conjugação disso com a preferência dada a títulos que não tenham sido mostrados nestas salas em datas demasiado recentes. Inadjectivável, então, e assim mesmo, com o “c” retirado pelo acordo ortográfico, porque tem direitos de autor…

Sobre o filme

09/01/2018, 21H30 | SALA M. FÉLIX RIBEIRO
INADJECTIVÁVEL
LIMELIGHT
LUZES DA RIBALTA
de Charles Chaplin
com Charles Chaplin, Claire Bloom, Buster Keaton, Sydney Chaplin, Norman Lloyd
Estados Unidos, 1952 - 137 min / legendado em espanhol | M/12

Para inauguração da rubrica, o filme em relação ao qual o próprio João Bénard da Costa aventou um dia a hipótese de ser “o melhor melodrama de todos os tempos”. Chaplin depois de Charlot, numa história de envelhecimento e de passagem por quem teve o segredo da arte do cinema de uma ponta à outra do seu percurso, e que, numa das alturas mais contraditórias da sua vida (entre um novo equilíbrio pessoal e a ameaça de uma rutura forçada com os EUA) em boa medida convertia a irrisão em lágrimas. Jogo de espelhos abissal, a relação entre o palhaço Calvero e a bailarina Terry (Claire Bloom) é uma súmula e um mergulho numa vida e numa obra, ao mesmo tempo “chave” de um trajeto pessoalíssimo e, de novo, parábola universal. Perto do fim, um dos mais extraordinários encontros de gigantes de todo o cinema (Chaplin e Keaton) numa cena baseada na pura arte do olhar e do gesto, ou seja, o centro do centro desta arte das imagens em movimento.
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