Palestra: Percepção do Paganismo em Portugal

19 Novembro (Dom), 17h – Entrada Livre
Palestra: PERCEPÇÃO DO PAGANISMO EM PORTUGAL
com MARIANA VITAL e MÁRIO PINTO

O fenómeno do (re)ssurgimento e (re)construção de uma quantidade vasta e diversa de sistemas de crença e culto dedicados aos politeísmos mediterrânicos, tem-se feito sentir, cada vez mais, na Europa que, vinda de um modelo cristão instalado institucionalmente desde há quase 2000 anos, assiste a uma procura e um anseio de reclamar de volta as antigas tradições religiosas e espirituais que caracterizavam estas mesmas populações no período pré-cristão. O estudo do Paganismo e Neo-Paganismo é hoje uma necessidade real de entendimento do presente.

A Ciência das Religiões, enquanto disciplina científica e equidistante assume a tarefa de se posicionar e enquadrar este fenómeno religioso contemporâneo, as suas características e perfis através de uma lente académica e imparcial.

Este inquérito (aplicado entre Maio a Junho de 2017), da responsabilidade científica da Área de Ciência das Religiões da ULHT, foi desenhado neste enquadramento científico e ambiciona reunir as características do que o indivíduo, reconhecendo-se pagão e residente em Portugal, percepciona relativamente ao conceito Paganismo, Comunidade Pagã e Associativismo.

Esta sessão servirá para apresentar os resultados obtidos em mais de uma centena de respostas e que nos permitem identificar uma serie de características de uma vivência Pagã relativamente ao seu enquadramento familiar e social, à sua visão do Paganismo e à sua visão da Comunidade Pagã em Portugal.

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Mariana Vital é natural de Minde (Santarém). Formou-se em Ciências da Educação no Instituto de Educação da Universidade de Lisboa em 2012, e é aluna do Mestrado de Ciência das Religiões da Universidade Lusófona, Lisboa. É coordenadora do Diálogo Interreligioso Europa da PFI (desde 2014), bom como coordenadora do Círculo Comunitário da PFI (desde 2017). Trabalha com grupos de denominação Pagã desde 2010, tanto nacionais como internacionais. Foi colaboradora no projecto “Mental Health, Spirituality and Religiosity: Towards integration and development of religious/spiritual Competencies for Mental Health Professionals”, financiado pela FCT, facilitando o contacto com membros de grupos Pagãos e participando em iniciativas de focus group representativos da denominação Pagã. Foi responsável pela investigação “Percepção do Paganismo em Portugal” (U. Lusófona, Lisboa, 2017). É membro fundador do Grupo de Estudos do Paganismo em Portugal, associado ao Centro de Investigação de Cosmovisões e Mundivivências Espirituais e Religiosas, da Área de Ciência das Religiões da U. Lusófona.

Mário Pinto é natural de Lisboa, formou-se em Engenharia no IST, Lisboa em 1984 e pós-graduou-se em Sociologia das Religiões na U. Nova, Lisboa, 1994. Tem experiência como instrutor de Svásthya Yoga (formado pela União Nacional de Yoga de Portugal - 1983 a 1987), sendo membro de várias associações de dominação Pagã como o Circle Network (1990-1993), a PFI (desde 1995) e a Doreen Valiente Fundation (desde 2016). No Paganismo, já organizou vários eventos, tendo tanto participado em grupos formados, como desenvolvido um trabalho particular com o seu próprio grupo desde 2009. Foi co-autor no estudo “Paganismo nos dias de hoje” (U.Nova, Lisboa, 1994) e foi responsável pela investigação “Percepção do Paganismo em Portugal” (U. Lusófona, Lisboa, 2017). É membro fundador do Grupo de Estudos do Paganismo em Portugal, associado ao Centro de Investigação de Cosmovisões e Mundivivências Espirituais e Religiosas, da Área de Ciência das Religiões da U. Lusófona.