17:00 até às 19:00
Palestra: 'O Papel da Mulher-Faery no Processo Graálico'

Palestra: "O Papel da Mulher-Faery no Processo Graálico"

Grátis
9 Dezembro (Sábado), 17h | ENTRADA LIVRE
Lançamento do Livro: O DRAGÃO E O GRAAL
A Via de Vénus e a Magia do Sangue na Tradição
& Palestra: O PAPEL DA MULHER-FAERY NO PROCESSO GRAÁLICO
com GILBERTO DE LASCARIZ

(o livro será vendido neste dia com o desconto de 15% que será aplicado igualmente na promoção de Pré-Encomenda)

Como introdução ao livro, o autor fará uma palestra sobre “O Papel da Mulher-Faery no Processo Iniciático Graálico”. A entrada é livre e a não perder!

SOBRE A PALESTRA:

No seio límbico do séc. XII para o séc. XIII, emerge uma nova ideia de Iniciação que eleva um determinado tipo de Mulher, a Faery, arquétipo gnóstico de Sophia, à posição de Sacerdotisa e Psicopompa do Homem-Cavaleiro-Iniciado. Ela é o verdadeiro porta-voz do Daimon Gnósico guiando-o até à consecução Iluminativa do Homem-Cósmico Deificado representado pelo Rei do Graal. Este Mito Iniciático surge no contexto de uma Tradição e de uma Linhagem que começa a ser construído na Literatura Arturiana e é depois retomado e colorido nalguns textos do Graal, por vários mitos gnósticos, tanto cainitas como setianos, tendo a Serpente-Dragão como símbolo e enigma desta estirpe de Iniciados, sob o subterfúgio da Família Pendragon, a Cabeça do Dragão. A Família Pendragon ao unir-se à Família do Graal, que tem a sua origem, segundo o Parzival germânico, na figura de Caim como seu Potestas e Ancestral Mítico, introduz um novo e original motivo luciférico, isto é, gnóstico, no seio dos processos iniciáticos ocidentais. Caim e o Dragão unidos denominam uma Corrente Mágica que ainda hoje tem os seus seguidores e na qual o autor do livro se inscreve como seu Iniciado.

SOBRE O LIVRO:

Desde o Perceval ou o Romance do Graal (séc. XII), de Chrétien de Troyes, até ao Parzival (séc. XIII), de Wolfram von Eschenbach, são as Mulheres-Faery que guiam constantemente o Cavaleiro até ao Castelo do Graal, onde uma Mulher Epifânica exibe num ritual o Graal, verdadeira imagem icónica do Eterno Feminino, portador da Fertilidade e da Sapiencialidade que reverdece alquimicamente a Terra.

Este livro interroga o papel destas mulheres sobrenaturais como um vestígio gnóstico e erótico do arquétipo de Sophia que, em visões, guia através de hierogamias o Processo Iniciático do Cavaleiro, símbolo do Iniciado. Ela é, neste sentido, a verdadeira Portadora da Luz, o Lúcifer Hermético que traz a Gnose. Trata-se, porém, de uma Gnose Pagã e Pré-Cristã. O Graal germânico realça um novo modelo iconográfico e mitográfico deste Mito em relação a todos os outros textos, demasiado cristianizados. Não só pelo facto do Graal ser a Pedra Preciosa caída da fronte – isto é, da Consciência Supra-Individual – de Lúcifer – mais tarde esculpida na Taça recipiendária do Sangue de Cristo, unindo assim as duas Correntes Espirituais, a Mística e Guerreira –, mas também pelo facto de ser conquistado não pela Graça de Deus e da Igreja, mas pela Força de Vontade do Iniciado Antinómico.

O tema esmeraldino do Graal, o carácter psicopompo da Mulher-Faery e o papel dinâmico da Vontade imperativa do Guerreiro-Cavaleiro são eixos iniciáticos fundamentais neste século XXI em que vivemos, tão marcado por um Novo Paradigma Iniciático centrado nos valores femininos e sofiânicos, como na Vontade dinâmica e supra-individual, ambos fermentos fecundadores dos Processos Iniciáticos. O Graal é, por isso, um tema de novo actual.

Gilberto de Lascariz nasceu em Caracas, Venezuela, vindo desde muito cedo a viver em Portugal. Formou-se em Direito, na Faculdade de Direito de Lisboa, ao mesmo tempo que seguia Língua e Cultura Sânscrita na Universidade Nova de Lisboa. Desde muito cedo esteve envolvido em várias sociedades esotéricas de carácter rosacruciano e maçónico, tendo tomado votos na Tradição Nyngma-Pa do Budismo Tibetano. A sua envolvência com o Wicca Tradicional a partir de 1982, associado ao seu envolvimento com a Antroposofia, despertou-o para a necessidade de desenvolver métodos meditativos e rituais que permitissem uma abordagem esotérica da Bruxaria Iniciática e Neo-Pagã em antítese à sua superficialização New Age. Em 1989 criou em Portugal o Coventículo TerraSerpente e lançou a Confraria Sol-Negro, uma organização artística dedicada à renovação estética das artes sob o ponto de vista do esoterismo neo-pagão, na sua acepção evoliana. É Magister Maximus da Irmandade da Serpente da Alba e tem o Grau 33º, 66º, 90º, 95º, 97º, sendo Deputado Grão-Mestre Internacional do Rito Antigo e Primitivo de Memphis-Misraïm do Santuário Soberano Hermético da Lusitânia e do Soberano Santuário do Brasil do Rite Ancien et Primitif de Memphis-Misraïm; Superior Desconhecido da Ordre Martiniste Operant (via Ambelain e Mauer), assim como Reau-Croix da Ordre des Chevaliers Élus Coëns de l’Univers; Cavaleiro Benfeitor da Cidade Santa do Grand Prieuré Indépendant et Souverain; Bispo da Ecclesia Gnóstica Apostólica e da Ecclesia Gnóstica Joanita; Baille-Ge da Tradição Franco-Haitiana da Cobra Negra e Iniciado da Cobra Vermelha (Bertiaux-Duez-Pedutti); Grau XVI da OTO-FH e High Priest Grau XVI do Club Chorozon (Bertiaux-Duez-Pedutti), além de Mestre da Fraternité Thérapeutique et Magique de la Myriam (via Linhagem Henadel, Giudicelli); Graus IXº e XIº do antigo Santuário Brasileiro da Ordo Templis Orientis (Tradição Merlin IXº e XIIº, etc.). As suas palestras nas “Conferências do Inferno”, realizadas nos anos 80/90 no Porto, alertaram-no para a necessidade de registar em livro o seu pensamento esotérico e neo-pagão. Publicou os livros Mãe Canibal, O Culto da Bruxaria no Artista e Escritor Austin Osman Spare, O Verbo do Arcano Luciferino em Fernando Pessoa, e traduziu e prefaciou o livro de Ronald Huton, Os Xamãs da Sibéria. Em 1999 criou o Projecto Karnayna, uma organização que visava fornecer instrução esotérica na perspectiva do Neo-Paganismo sendo o primeiro autor a fazer workshops de Wicca em Portugal, tal como era praticado por Janet Farrar e Vivianne Crowley. O magazine francês de cultura gótica Elegy Ibérica considerou-o em 2006 como sendo a figura mais importante do pensamento esotérico neo-pagão em Portugal. Na Zéfiro, publicou as obras Ritos e Mistérios Secretos do Wicca, Deuses e Rituais Iniciáticos da Antiga Lusitânia, Quando o Xamã Voava e Dançando com a Morte. É também autor do posfácio de O Chamado dos Velhos Deuses, de Nigel Jackson, e faz parte da direcção editorial de Mandrágora – O Almanaque Pagão, tendo coordenado a edição de 2009 – sob o tema “Usos e Costumes Mágicos da Lusitânia” – e de 2014 – “O Caminho Mágico do Wicca”.
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