Iva Bittová é uma artista consistente e completa como poucas: um dia é actriz de cinema, outro dia canta ópera; numa semana toca com DJ’s, noutra integra um quarteto de cordas clássico ou um grupo de jazz. O violino e a voz - que usa de forma desconcertante - são os instrumentos que mais marcam o seu trabalho. E marcam-no, para o espectador, de uma forma inesperada, porque não são poucas as vezes em que os usa ao mesmo tempo. Está na linha de grandes personalidades femininas da vanguarda musical, como Meredith Monk, Laurie Anderson ou Björk.
Paolo Angeli é um exímio intérprete e compositor para guitarra preparada, um instrumento de 18 cordas, híbrido entre guitarra, barítono, violoncelo e bateria. Com este instrumento singular, Angeli compõe e improvisa música entre a popular e o vanguardista, cruzando terrenos free jazz, folk noise e pop minimalista. A sua estética espelha o seu percurso, onde se contam encontros com mestres da música tradicional sarda como Giovanni Scanu, mas também colaborações com visionários do jazz como Fred Frith e Pat Metheny.
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