A PROMESSA 16 nov - 3 dez | Teatro Nacional São João Língua Gestual Portuguesa + Audiodescrição 3 dez dom 16:00 de: Bernardo Santareno encenação: João Cardoso dramaturgia: Constança Carvalho Homem cenografia e figurinos: Nuno Carinhas desenho de luz: José Álvaro Correia desenho de som: Francisco Leal interpretação: Cármen Santos, Diana Sá, Élio Ferreira, Joana Carvalho, João Castro, Jorge Mota, Paulo Calatré, Pedro Frias, Rosa Quiroga, produção: TNSJ M/12 anos English subtitles “Maldita promessa, maldito casamento, maldita família!” A tempestade dura há já cinco dias e lá fora ouve-se “um mar bravíssimo e o vento rijo”. Cá dentro, uma mão cheia de personagens caminha com nomes carregados de simbolismo: há uma Maria do Mar e um António Labareda, água e fogo, mas há também um Salvador e um Jesus cego e vidente… Criaturas obcecadas com a pureza e fascinadas pelo mal, que se enredam em presságios funestos, dando espessura a um clima de peste emocional que alastra e aflige. A Promessa foi a peça que revelou Bernardo Santareno (1920-1980), dramaturgo hoje insuficientemente lido e representado, que Jorge de Sena descreveu então como “um talento obsessivo e sombrio”. Quando se estreou no Porto em novembro de 1957, pelas mãos do TEP de António Pedro, houve vozes que reprovaram o “ambiente de religiosidade erótica” da peça, reparo que deveríamos tomar hoje como um elogio. Sessenta anos depois, o TNSJ promove o regresso desta Promessa à cidade que a viu nascer, confiando a sua releitura ao ator e encenador João Cardoso. “Ai, meu pai, se conhecesse o sonho que eu tive”…