09:45 até às 14:00
Visita ao Palácio do Sobralinho e Quarto Secreto de Salazar

Visita ao Palácio do Sobralinho e Quarto Secreto de Salazar

EVENTO: Visita Guiada ao Palácio do Sobralinho e caminhada

DATA DE REALIZAÇÃO: 22 de Janeiro 2017

DESCRIÇÃO DO EVENTO: 

Neste evento vamos ficar a conhecer "por dentro" o Palácio da Quinta Municipal do Sobralinho. Iremos ter oportunidade de conhecer a história do Palácio, os interiores, o claustro, assim como as suas diversas salas, com especial curiosidade para o quarto secreto de António Salazar. Haverá tempo ainda para circular e ficar também a conhecer as zonas exteriores como, lagos, nora e a horta deste emblemático e agradável espaço do concelho de Vila Franca de Xira.

9h45 - Encontro junto à Torre do Relógio

10h - Visita Guiada ao Palácio do Palácio do Sobralinho (interiores) e Jardins

Quinta Municipal do Sobralinho

O Palácio do Sobralinho integra um parque, constituído por jardins, horta e mata, num modelo de organização característico das quintas que se formaram nos arredores de Lisboa. Sobretudo a partir do século XVII, a região de Vila Franca atrai a fixação de grande número de quintas, cuja posse pertencia à alta nobreza, a quem estas quintas serviam de abastecimento e garantiam um local refrescante no verão, fora de Lisboa.

É neste contexto, de quinta de recreio, que surge o Paço do Sobralinho, cuja fundação remonta ao século XVII. O antigo solar do Sobralinho pertenceu aos Manuel, Condes de Vila Flor, desde1661, tendo sido o primeiro proprietário o 1º Conde, D. Sancho Manuel de Vilhena (?-1677), membro da Corte que teve um papel militar importante na Guerra da Restauração.

Do primeiro paço, edificado em finais do século XVII, não nos ficou qualquer menção, nem, tão pouco, elementos construtivos deste período. Todavia, temos a indicação que o Palácio foi ampliado no século XVIII.

A Quinta do Sobral de Alverca tornou-se a residência de campo dos Condes de Vila Flor, sendo a de Lisboa o Palácio de S. João da Praça. A propriedade foi herdada em família sucessivamente pelos Condes de Vila Flor até ao 7º Conde de Vila Flor e 1º Duque da Terceira, D. António José de Meneses de Noronha (1792-1860), o qual mandou restaurar a casa. É com o Duque da Terceira, figura muito próxima da família real, que o Sobralinho se tornará num local de encontro da melhor aristocracia de época, várias vezes com a presença da família real, sobretudo por altura das festas de S. João Baptista de Alhandra, nas quais a Rainha D. Maria II foi juíza de 1840 a 1842. Também D. Pedro V visitou o Sobralinho por três vezes, hospedando-se no palácio quando vinha caçar às lezírias, acompanhado pela rainha D. Estefânia. O Duque da Terceira morreu em 1860. Até 1918 não se conhecem indicações precisas de quem terão sido os seus proprietários. Em 1918 o paço do Sobralinho pertencia aos Condes de Sagres, e é deste ano que temos o primeiro registo iconográfico deste imóvel, do exterior e interior, na revista Ilustração Portugueza.

O Sobralinho, em 1919, foi comprado por Camilo Infante La Cerda, sogro do antigo embaixador de Portugal em Londres, dr. Armindo Monteiro, a quem foi cedida a habitação do espaço por volta de 1940. Foi então que o dr. Armindo Monteiro e sua mulher, Lúcia Infante La Cerda Sttau Monteiro, redecoraram o palácio luxuosamente para nele habitarem. Contudo, antes da reinauguração do remodelado edifício, um violento incêndio, na madrugada de 9 de Fevereiro de 1944, destruiu-o por completo, ficando apenas as paredes mestres do corpo central do edifício e os dois torreões.

Toda a propriedade foi então comprada por Ricardo Espírito Santo Silva (1900-1955), conhecido banqueiro, empresário, homem de cultura e mecenas.  A sua morte em 1955, fará com que a propriedade seja herdada por uma das suas filhas e genro, Rita Espírito Santo e Rodrigo Leite de Faria, que iniciaram grandes obras de reconstrução, as quais se prolongaram até 1963. Esses trabalhos de recuperação estiveram a cargo do arquitecto Luís Possolo.

O facto do palácio ter passado pela família Espírito Santo marcou claramente o gosto e a sensibilidade artística, que foi seguida na nova decoração: a preferência pela arte antiga, em especial pela arte francesa do século XVIII. A linha de orientação foi claramente a de procurar recriar um palácio do Século XVIII, numa realização onde foram seguidos esquemas tradicionais com monumentalidade e com um forte apego à “Casa Portuguesa”.

O tratamento exterior foi o de um gosto setecentista, com um grande relevo dado à simetria das janelas, ao andar nobre e à criação de uma grande porta de entrada, com uma varanda no seu remate.

Tudo isto, também com uma profunda ligação ao jardim que se abre de fronte da casa e cujo acesso é feito através de uma escadaria com dois tanques. É todo um regressar a um determinado historicismo, com vocação eminentemente patrimonial, favorecida pelo regime do Estado Novo, e ao qual o arquitecto Luís Passolo não terá ficado indiferente. Por toda a casa, bem como pelos jardins, foram colocados azulejos barrocos e neoclássicos; alguns são cópias, feitas na fábrica Constança e na fábrica Santana. Os tectos foram pintados por um artista da Fundação Ricardo Espírito Santo Silva, Antero Basasila, com motivos decorativos inspirados em telas de Jean Pillement (1719-1810) e motivos decorativos dos séculos XVII-XVIII.

Em 1993 a Quinta do Paço do Sobralinho foi adquirida pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, dando-se inicio ao processo de reutilização patrimonial e paisagístico do conjunto.

O Quarto Secreto de Salazar

Quem chega à biblioteca do palácio da Quinta Municipal do Sobralinho, no concelho de Vila Franca de Xira, de paredes forradas a vermelho, não imagina que ao lado direito da lareira, por detrás de uma estante de livros, fica a entrada para um esconderijo que em tempos foi o quarto secreto de Salazar. A estante roda sobre si mesma e abre portas a um universo secreto. A pequena entrada contrasta com os espaços amplos característicos do palácio. Há uma garrafeira e uma escada em caracol almofadada e bege. A espessura da carpete abafa até o ruído de uns saltos altos. Lá em cima erguem-se 15 metros quadrados de um quarto secreto decorado com papel de parede colorido. O papel escasseia em algumas zonas da parede denotando a passagem dos anos. Há uma casa de banho e a única janela do quarto tem vista para o telhado do palácio. Não será por acaso. Se o quarto se queria secreto convinha que os convidados especiais não atraíssem os olhares curiosos na vila

Caminhada

Após a visita para os interessados será realizada uma caminhada com uma extensão de cerca de 10 kms que inclui passagem na Quinta Municipal de Subserra e alguns dos Forte da 1ª Linha Defensiva de Torres Vedras.


LOCAL E HORA DO ENCONTRO: Junto à Torre do Relógio na  Vila do Sobralinho

Latitude:    38°55'0.16"N
Longitude:       9° 1'33.00"W
Hora do Encontro: 9h45m
Final da Visita ao Palácio: 11h30m
Final da actividade: 14h (com caminhada)

Como chegar: Entre Alverca e Alhandra situa-se a Vila do Sobralinho. Quem vem de Sul deve virar nos semáforos, na indicação Sobralinho, e o ponto de encontro situa-se depois do viaduto da A1, do lado esquerdo. Quem vier de norte deverá entrar apenas na 2ª entrada do Sobralinho.

Distância a percorrer: 10 kms (apenas para quem pretender fazer a caminhada)

Nível de Dificuldade: 3 (Escala de 1 a 5)

Equipamento: Calçado e roupa adequada para caminhadas

Valor da inscrição: 6€ - Por transferência bancária para o NIB: 0036 0442 9910 6000 4034 6.

AS INSCRIÇÕES SÃO EFECTUADAS EM WWW.CAMINHANDO.PT ATRAVÉS DO FORMULÁRIO DE RESERVA. OBRIGADO

Observações: Só as inscrições efectuadas até às 16h30 do dia anterior à data de realização do evento permitem a activação do Seguro de Acidentes Pessoais
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.
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