Uma recriação contemporânea, sensorial e radical do clássico de Fiódor Dostoiévski.
Uma mulher amarga, uma funcionária pública que se isola da sociedade por se sentir “mais inteligente do que todas as pessoas que a rodeiam” e mais insignificante também. Num monólogo radical, esta anti-heroína reflecte sobre a irracionalidade e o paradoxo da liberdade humana. Uma crítica ao progresso enquanto caminho para a felicidade, ou um templo para o livre arbítrio. Dentro do seu buraco, esta mulher deambula entre a raiva, a humilhação, a vergonha, a lucidez, a vaidade, a contradição e a angústia procurando um significado para o caos que habita e testemunha no mundo.
Aqui o clássico de Dostoiévski é transformado num grito de lucidez, às vezes cruel, dentro de um mundo em completa desintegração.
Encenação e dramaturgia: Frederico Barata
Apoio à encenação e à dramaturgia: Xana Lagusi
Interpretação, adaptação do texto e dramaturgia: Sara Ribeiro
Música original: Ricardo Martins
Fotografia e vídeo.: Tiago Moura
Direcção técnica: Miguel Dias
Direcção de produção: Xana Lagusi
Agradecimentos especiais: Cláudia Semedo e Teresa Coutinho
Espectáculo financiado pela República Portuguesa/Cultura DGARTES – Direção-Geral das Artes.
Apoios: Creative Seeds School; Espaço Arenes e Cia Jgm; Escola de Mulheres.
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