Ao contrário do que por vezes se pensa, conhecer e respeitar o passado não nos inibe de participar na criação do futuro – a transcendência só acontece verdadeiramente quando inclui o que está para trás. Se assim podemos resumir o espírito da nova temporada na Casa da Música, este evento de abertura é o primeiro dos muitos corpos que ele vai habitar ao longo do ano. Uma festa enraizada em diferentes tradições da música portuguesa, lidas e recriadas por distintas sensibilidades do presente. As Pauliteiras da Scuola Mirandesa do Porto dão vida contemporânea a uma das expressões mais vibrantes da nossa cultura popular: a dança dos paus, originária das Terras de Miranda. O coletivo artístico Trigueirinha celebra e reinventa um repertório tradicional e coreográfico da Península Ibérica, com um olhar particular sobre o património luso. E emmy Curl, nascida e criada nas altas montanhas de Vila Real, resgata para a modernidade antigas melodias do folclore transmontano e celta que durante muito tempo permaneceram esquecidas. Um workshop de danças tradicionais dá início a este dia especial, onde uma conversa com a equipa de Direção Artística e de Educação da Casa da Música permite enquadrar o público no conceito fundador da temporada, “Raízes/Ressonâncias”.
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