Fazendo jus ao nome, PELE NÓMADA inscreve-se na categoria do roadmovie, acompanhando João Fiadeiro no transporte do arquivo do Atelier Real para Serralves - instituição que recebeu o seu espólio - numa viagem íntima e emocional por lugares carregados de despojos da memória (e ruínas do esquecimento).
PELE NÓMADA retrata os primeiros quinze anos (1990-2004) da REAL - estrutura de produção e criação de João Fiadeiro, pioneira da Nova Dança Portuguesa - numa altura em que ainda não tinha poiso fixo e andava a saltitar entre diversos ateliers e estúdios da Grande Lisboa. Documentou esse percurso através de uma série de rituais de despedida, na forma de reenactments de espetáculos para os residentes atuais dos espaços - muitos deles abandonados ou entretanto demolidos - que a REAL ocupou na viragem do milénio.
Embora filmado posteriormente, PELE NÓMADA funciona como a primeira parte de um díptico complementado por NADA PODE FICAR (Doclisboa 2020), de Maria João Guardão, filme que documentou o evento DES|OCUPAÇÃO, despedida épica do Atelier que a REAL ocupou entre 2004 e o fim da sua trajetória, em 2019.
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