COMUNICADO IMPORTANTE: Por motivos inesperados, a inauguração que estava prevista para hoje terá de ser adiada. Sabemos que muitos aguardavam este momento connosco e lamentamos sinceramente qualquer inconveniente causado. O acesso a este evento é gratuito, sujeito à lotação do espaço e mediante inscrição prévia. A arquitetura popular desempenha um papel fundamental na preservação da identidade cultural, histórica e ambiental de uma região, especialmente no norte de Portugal, onde tradições construtivas se mantêm vivas ao longo de gerações. Este tipo de arquitetura, caracterizado pelo uso de materiais locais e técnicas tradicionais, reflete a adaptação às condições climáticas, sociais e econômicas do território. A importância do estudo da arquitetura popular reside na valorização do conhecimento ancestral, que promove uma compreensão mais profunda das dinâmicas regionais e contribui para a sustentabilidade. Trata-se de uma forma de herança cultural que surge de um acumular de conhecimentos e técnicas que se provaram eficazes e passíveis de ser reproduzidas na arquitetura contemporânea. Como refere Fernando Cerqueira Barros há aí “reminiscência de gestos arcaicos de construir onde encontramos permanência de práticas prévias à própria teorização e estabelecimento de um conceito de arquitetura …” A conservação e estudo da arquitetura popular deve ser uma preocupação crescente, uma vez que muitas dessas construções estão ameaçadas pela urbanização, abandono ou degradação. A reabilitação dessas estruturas deve seguir critérios que respeitem a sua autenticidade e o seu valor patrimonial, equilibrando história com contemporaneidade. A reabilitação eficaz traz benefícios ambientais, culturais e económicos, contribuindo para o desenvolvimento das comunidades locais, bem como promove o turismo cultural e incentiva práticas de construção sustentáveis. Fortalecer-se assim a identidade regional, promovendo um turismo responsável e uma economia local resiliente. Assim, o estudo, conservação e reabilitação da arquitetura popular de Portugal são ações imprescindíveis para a preservação da memória coletiva, do meio ambiente e da economia local. A valorização do património construído, aliada à sensibilização das comunidades, pode garantir que essas tradições arquitetónicas continuem a contribuir para a identidade cultural da região, promovendo um desenvolvimento sustentável e integrador. Por tudo isto é muito importante falarmos destas Memórias da Arquitetura Popular, aqui na Fundação Gramaxo. Onde mais poderia ser?