A instauração da democracia em Portugal e Espanha, após a Revolução dos Cravos de 25 de abril de 1974 e a morte do ditador Francisco Franco em 1975, provocou transformações políticas, sociais e culturais muito diversas e profundas na Península Ibérica. A literatura não podia (e não ficou) alheia a essas transformações, após longas décadas de censura sob regimes autoritários. Cinquenta anos depois, importa refletir criticamente sobre o que estes processos de revolução e transição significaram para ambos os países, e especificamente para as suas literaturas, promovendo uma perspetiva comparada que torne mais visíveis os diálogos artísticos e culturais do polissistema peninsular neste período.
Assim, este encontro propõe uma análise renovada da produção literária que emergiu durante estes processos de instauração das democracias ibéricas, bem como das suas relações com outras manifestações artísticas, sociais e culturais.
Desde 1995, data da publicação de El frío, Marta Sanz escreveu narrativa, poesia e ensaios, tendo obtido inúmeros prémios. Os seus dois últimos títulos são Pequeñas mujeres rojas e Parte de mí. Colabora com o jornal El País, com o programa Hoy por hoy e leciona na Escola de Escritores de Madrid.
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