A par de Mozart e Beethoven, Franz Joseph Haydn forma a célebre Trindade Clássica Vienense, sendo figura central do Classicismo e elo vital entre o final do Barroco e os primórdios do Romantismo. Amigo íntimo de Mozart e admirado por Beethoven, Haydn tornou-se um marco incontornável na história da música erudita ocidental. A Orquestra Clássica da ESMAE, sob a direção musical do maestro Jan Wierzba, junta-se a solistas e aos Coros da ESMAE e da ESE, sob a direção de Barbara Francke e Aoife Hiney, para interpretar uma das obras maiores do compositor austríaco: o oratório “A Criação”. Para muitos musicólogos, esta obra prenuncia já a sensibilidade romântica, sobretudo pela ousadia e força expressiva da sua abertura, “A Representação do Caos”, que inspiraria compositores como Richard Wagner. Composta na última década de vida de Haydn, “A Criação” é considerada uma das suas obras mais inspiradas e profundas. O texto, baseado no Livro do Génesis, nos Salmos e no poema “O Paraíso Perdido” de John Milton, exalta a beleza da Criação e a grandeza do Criador. Haydn convida-nos a contemplar a luz primordial — a luz que dá origem à vida, dissipa as trevas e revela o divino em todas as criaturas. Ao mergulharmos nesta vivência musical, somos desafiados a repensar a nossa relação com o mundo, com o sagrado e com o propósito último da existência humana. “A Criação” não é apenas um tributo à obra divina — é também um apelo à renovação espiritual e ao reencontro com a essência da vida. Intérpretes: Coro ESMAE – Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo, direção de Barbara Francke Coro ESE Escola Superior de Educação, direção de Aoife Hiney Orquestra Clássica da ESMAE Solistas Jan Wierzba, direção 6 e 7 de junho 21h00 Local: Igreja da Lapa Entrada mediante convite | Donativo mínimo: 5€ Os convites podem ser levantados na Secretaria da Igreja da Lapa a partir do dia 3 de junho, 09h00 às 12h00 e das 14h30 às 17h30 ou reserva para o e-mail cultura@irmandadedalapa.pt
