𝗢𝗣𝗘𝗡 𝗦𝗧𝗨𝗗𝗜𝗢 | 𝗟𝗘𝗦 𝗜𝗗𝗢𝗟𝗘𝗦
› 6 de dezembro @ 19h30
› Blackbox
› Qualquer conversa ou interação com o público será feita em inglês.Entrada gratuita mediante reserva via SMS para [+351] 913 699 891 ou para info@oespacodotempo.pt.
𝗥𝗘𝗙𝗔𝗖𝗘 é a primeira criação de Les Idoles, uma investigação física e musical que explora os conceitos de transformação, deformação e alteração de materiais. A obra reflete a ideia de que tudo está em transição: os nossos corpos, memórias, o ambiente social, espaços públicos, relações e poderes políticos. O movimento permeia todos os aspetos da vida, tornando impossível o surgir de formas claras e definitivas. O coletivo foca-se nesta instabilidade numa escala íntima, examinando a forma como rostos e emoções são instáveis e estão em constante evolução.
Além de 𝗥𝗘𝗙𝗔𝗖𝗘, a companhia pretende desenvolver uma série de obras — extensões da peça original — que abordam os seus temas a partir de diferentes perspectivas. Essas séries, inspiradas por novas disciplinas ou insights pedagógicos, revisitam as questões de autorrepresentação e da contínua metamorfose dos nossos corpos e rostos, oferecendo explorações amplas e inesgotáveis.
Série #3 está atualmente em processo criativo, focando-se na transformação e deformação de uma nova perspetiva. O objetivo é desenvolver uma nova forma de escrita que revele em profundidade as camadas e artefactos do processo de metamorfose. Começa com o simples ato de aplicar maquilhagem em frente ao espelho e desdobra-se numa transformação total de um grupo, refletindo a complexidade da mudança constante.
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A nossa abordagem: procurar, explorar, roubar referências, colocar-nos na pele de outros, reencarnar, (des)misticar... Somos um coletivo de homenagem, atravessado por mil referências cinematográficas, fotográficas e musicais. Obrigada, Granny Gisou, pela tua foto em topless na praia de Saint-Tropez, obrigada, Beyoncé, pelo teu vídeo Countdown, amplamente plagiado de Rosas danst Rosas de Anne Teresa de Keersmaeker, e obrigada, Buster Keaton, pelo teu movimento em The Play House. Este espaço de trabalho, que pretendemos que seja fora do comum, permite-nos questionar as imagens que nos rodeiam, desde as mais populares às mais elitistas, das mais icónicas às mais triviais. Que figuras veneramos? Quais são as que esquecemos, ou as que persistem no tempo?
Com base numa investigação física e musical, criamos projectos e performances híbridas que, frequentemente, são insólitas e/ou anacrónicas. Gostamos de brincar com códigos, mudar pontos de vista e desviar imagens que estão demasiado cristalizadas. A questão do olhar e a relação com o público chega ao nosso trabalho, forçando-nos a reinventar-nos e a reinventar a nossa relação com o espaço.