15:30 até às 17:00
Apresentação das obras de Conceição Olivrira

Apresentação das obras de Conceição Olivrira

SÁBADO | 25 Maio
– 15h30

Apresentação dos livros A palavra e o fogo e A essência das cinzas, de Conceição Oliveira
Participação de Dr.ª Ana Albergaria e Aurora Gaia

A PALAVRA e o FOGO
 ‘A Palavra e o Fogo’, é um livro de poesia estruturado em seis partes (5 capítulos e um terminus composto de dois poemas — em jeito de epílogo).
Trata-se de uma escrita simples e de suave aparência, sofrida e de inquietação (concebida e macerada na sequência dos incêndios catastróficos de Pedrógão) que vem à luz em tempos incertos e conturbados pela degradação ambiental.
Trabalhada durante a pandemia, traduz um subtil apelo à sensibilidade de cada um de nós, no sentido de amarmos e respeitarmos a natureza, herança ancestral, agredida sistematicamente e em direção ao precipício, caminho de não retorno. 
A soar como um grito — diríamos, a autora recorre a entidades mitológicas, mas, também, ao legado escrito de autores consagrados (Almeida Garrett, José Saramago, a quem é dedicado um capítulo, Fernando Pessoa, Alberto Caeiro — o heterónimo mais sensível às coisas simples da natureza) autores inquietos e que espelharam na sua escrita preocupações e verdades inquestionáveis sobre diversas temáticas, sempre atuais, e a cada dia mais preocupantes.
No livro mergulha a raiz de uma ‘pedagogia despretensiosa’ que traz à superfície mensagens de alerta que a autora pretende transmitir a todos na ESPERANÇA de um mundo melhor. 

A ESSÊNCIA DAS CINZAS – Romance
Pelas palavras de um narrador omnisciente que tem uma ampla visão do espaço e do tempo, somos transportados a uma história de superação. Nas suas mais variadas roupagens, ao lado de sentimentos adversos, o amor perpassa todos os capítulos, atravessa o deserto, vence o caos.  
Como a protagonista, a história nasce no Porto. Passa pela belíssima praia da Figueira da Foz, onde ganha corpo. Uma lua de mel fá-lo-á percorrer a Ilha da Madeira — apresentada como o primeiro paraíso. Depois, o regresso do casal ao continente para dar continuidade à rotina.
Após um almoço de família, na Ribeira do Porto, há um desfecho trágico.
Um raio atinge os protagonistas. Eduardo, o protagonista morre num acidente. As suas cinzas são lançadas na Foz do Douro. E todos sabemos que, depois de uma trágica perda, chega o drama representando ‘uma sombra negra mordendo os calcanhares’, e só a família próxima (animais de estimação incluídos) é chamada a amparar a queda, a dar “colo”. Assim, a catarse será suavizada. E cada um à sua maneira, ninguém sem exclui. Pacientemente, todos protegeram Ana Clara, viúva, logo depois de um enlace de sonho. A luz ao fundo do túnel acaba por surgir e há uma visível mudança de rumo. 
Metáfora ou ironia? 
Perto de outras águas e bem longe do local da tragédia, Ana Clara renascerá das cinzas — como uma Fénix. Cinzas que, ‘supostamente’, circulando o planeta, oceano afora, — emergirão para um novo amor na Ilha do Pico - Açores.
Há episódios de negação, há um jogo de ‘esconde-esconde’, há o assumir do improvável e o culminar deste amor coincide com a chegada da pequena Madalena. Gerada e surgida em tempos pandémicos, Madalena amenizará a turbulência vivencial e preencherá vazios. 
A ESSÊNCIA DAS CINZAS ocupa um tempo real (cronológico) marcado pelas horas, dias, meses … e onde os factos narrados ou a ação seguem uma sucessão temporal, há sempre um antes e um depois. Há um tempo psicológico, subjetivo, que ocorre no interior de cada personagem (estados de alma, recordações, reflexões… tempo de memória.
Quanto ao espaço, considerá-lo-emos generoso e apelativo se atendermos aos espaços naturais como privilegiados — não fora a beleza dos lugares e o facto de termos protagonistas biólogos com um apurado sentido de proteção e preservação ambiental e talvez o romance não merecesse as críticas positivas que à autora têm chegado.
Adverte-se para que toda e qualquer semelhança com casos pessoais será pura coincidência.

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Conceição (Maia Rocha de) Oliveira nasceu em Aveiro, onde reside. Frequentou Línguas e Literaturas Modernas na Universidade de Coimbra. É Licenciada em Línguas e Literaturas, pela Universidade de Aveiro, exerceu docência. Publicou em Jornais Escolares, em Diário Regional e assinou um artigo de opinião (Informativo) durante 8 anos. Prefaciou, posfaciou, ilustrou poemas e capas de livros. Integrou grupos de Escrita Criativa. Recebeu Prémios Literários, Menções Honrosas e outros destaques artísticos e cultutais. É autora de livros: ‘Labirinto de Palavras’; ‘Da Raiz (transparências)’; ‘Coar Areia — joeirar o mar’; “A Palavra e o Fogo (Poética); ‘Tempo Sem Horas’, ‘Contos Pródigos (e outros, vadios, Antologia)’ (Conto); ‘Ramiro e o Moliceiro - entre a Ria e o palheiro; ‘A ostra Sostra e o mexilhão Molengão’ (Infantojuvenil); A ESSÊNCIA das CINZAS, romance.  Participa em Coletâneas, Antologias, Agendas, Revistas Culturais, em Portugal, Brasil, Moçambique, Roménia e Equador. 
É membro de associações e Agremiações Culturais: APE


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