10:00 até às 10:00
EXPOSIÇÃO COLETIVA “AREAL – TRÊS GERAÇÕES DE COR”, de António Areal, Sofia Areal e Martin Brion

EXPOSIÇÃO COLETIVA “AREAL – TRÊS GERAÇÕES DE COR”, de António Areal, Sofia Areal e Martin Brion

  • Destaque
  • Evento terminado
  • Calendário
8 de junho a 3 de agosto | 3.ª a sábado | 10h00-18h00

Locais: Centro Cultural de Lagos (Sala de exposição 1)
Org.: CM Lagos
Entrada livre

O interesse numa exposição conjunta de António Areal, Sofia Areal e Martim Brion (Areal) assenta na articulação de três gerações de uma família ligada às artes plásticas, com distintas marcações na arte portuguesa.

António Areal aparece com um surrealismo metafísico nos finais da década de 1960, seguindo-se uma breve fase informalista à entrada da década seguinte, para desenvolver um dos mais importantes projetos neofigurativos dos anos 60-70 de teor neo-dada.

Sofia Areal entra no final da década de 80, em acerto internacional com o tempo da bad painting ou da transvanguardia, que ficou sinalizada pelo retorno ao paradigma da pintura e tem vindo a realizar um dos trabalhos mais relevantes e originais do panorama artístico nacional.

Com uma produção mais recente e emergente, Martim Brion surge já neste século, em tempos de intervenções instalativas e pós-conceptuais, observável na sua pluralidade de materiais e suportes, trabalhando entre a fotografia (esboços momentâneos) e a escultura (pensamentos em estado físico). Atuando em diferentes tempos, estes projetos não podiam ser iguais, como não são; mas estão ligados por proximidades que permitem estabelecer elos de relação e continuidade, uma familiaridade na diferença.

BIOGRAFIAS:
Sofia Areal, nascida em 6 de junho de 1960, é uma artista que se destaca na arte contemporânea em Portugal. A sua carreira artística teve início no Herefordshire College of Art & Design, no Reino Unido, onde se dedicou aos cursos de Textile Design entre 1978 e 1979, seguido pelo Foundation Course entre 1979 e 1980. Inicialmente focada na tapeçaria, Sofia Areal redirecionou seu interesse para a pintura e o desenho, encontrando na espontaneidade, surpresa e acaso a sua expressão artística. Em Portugal, entre 1981 e 1983, frequentou os ateliers de pintura e gravura do Ar.Co. Sua carreira artística abrange exposições coletivas desde 1982 e exposições individuais a partir de 1990. Inicialmente figurativa, sua obra evoluiu para composições abstratas que exploram sobreposições e justaposições de formas e traços. Sofia encontra inspiração em objetos cotidianos, pessoas próximas e experiências pessoais, representando contrastes como separação e aconchego, vida e morte, e outros. Trabalhando em diversas dimensões e formatos, utiliza uma variedade de técnicas e materiais. Nas suas composições, busca uma estética do belo e da harmonia, encontrando equilíbrio entre o fundo e a composição, entre texturas e lisuras, e entre opacidades e transparências. A sua obra é marcada por contrastes formais que emergem de gestos pessoais e vigorosos. Sofia Areal é uma artista que continua a encantar e desafiar o público com sua exploração contínua da forma, cor e emoção através de sua expressão artística singular.
António Areal (Porto, 1934- Lisboa, 1978) é uma figura marcante na história da arte portuguesa do século XX. A sua carreira e vida foi breve, mas a sua influência na transição do surrealismo ortodoxo para o gestualismo e, posteriormente, para uma nova forma de figurativismo em diálogo crítico com a arte Pop e o Nouveau réalisme é notável. Artista autodidata, teve uma formação influenciada pela literatura e filosofia. Em 1954, iniciou a sua carreira expositiva, numa primeira exposição individual em 1956. No ano seguinte, recebeu o Prémio de Desenho na I Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian. Nesse período, as suas obras eram caracterizadas por séries de desenhos de natureza visionária e influência surrealista. Em 1960, recebeu uma bolsa de estudo e partiu para São Paulo, onde permaneceu até 1962. Durante esse período, a sua pintura adquiriu um caráter informalista e gestual. A partir de 1964, a sua produção artística tomou uma dimensão mais conceptual, combinando pintura neofigurativa com a criação de construções tridimensionais acompanhadas por frases. A sua carreira ganhou destaque com prémios como o Prémio de Pintura da Casa da Imprensa (1965) e o Prémio de Desenho no 3º Salão Nacional de Arte Moderna (1968). Além disso, foi selecionado para representar Portugal na IX Bienal de São Paulo (1968). Na década de 1970, a sua obra tornou-se mais complexa tanto em termos formais quanto narrativos, refletindo profunda ponderação sobre o estatuto da arte, do artista e da crítica. Abordou essas questões de forma visual, como na série de pinturas "O Colecionador de Belas-Artes", e por meio de seus textos de crítica na vanguarda das artes visuais (1970). Em 1990, foram realizadas exposições retrospetivas no Centro Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, e na Fundação de Serralves, no Porto. António Areal deixou uma marca artística em Portugal, contribuindo significativamente para a evolução e discussão das artes visuais em Portugal.

Curadoria de Martim Brion, para além de artista, tem vindo a desempenhar um papel ativo como curador nos últimos anos. Nesta exposição irá participar também como artista plástico e proceder aos trabalhos de produção relacionados com toda a organização da exposição, tais como: conceber e desenvolver o conceito expositivo, preservando o contexto e a interligação e linguagem dos três artistas, seleção das obras, concebe o design expositivo do espaço, criar os diversos textos (título, sinopse, catálogo...), colocando em evidência os fatores artísticos pré-existentes, mas também acrescentando enquadramentos contemporâneos que garantam exclusividade e originalidade ao período expositivo na sua transversalidade. Garante também a tradução de todos os textos (PT/EN) para as peças escritas e a sua revisão.

Fonte: https://www.cm-lagos.pt/municipio/eventos/12339-exposicao-coletiva-areal-tres-geracoes-de-cor-de-antonio-areal-sofia-areal-e-martin-brion
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