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Sessões de Inverno - Sessão Dupla - A Noite saiu à rua e Fantasia Lusitana

Sessões de Inverno - Sessão Dupla - A Noite saiu à rua e Fantasia Lusitana

19h15 | São Brás Cineteatro Jaime Pinto

Título Original: A Noite Saiu à Rua; Realização: Abi Feijó; Argumento: Jorge de Sena; Produção: Rui Braga (Filmógrafo), Rui Brás; Animação: Abi Feijó, Clídio Nóbio, Luisa Leal; Storyboard: Abi Feijó, Márcia Lucas, Tito Morais; Música: Zeca Afonso; Banda Sonora: Tentúgal; Técnica: Recortes; Estreia: 1987; Duração: 4 minutos; País de Origem: Portugal; Versão Original: Português ; M 6 Género: Animação

Sinopse A Noite Saiu à Rua:Baseado no livro de João Abel Manta “Caricaturas Portuguesas dos Anos de Salazar”, esta é uma animação panorâmica sobre uma aldeia dominada pela tirania. Rostos feridos de ausência, figuras hirtas de silêncio, terras salpicadas de sangue... E vamos morrendo adormecidos, indiferentes, até que as manhãs aconteçam. Agência da Curta Metragem

Título Original: Fantasia Lusitana; Realização: João Canijo; Argumento: João Canijo; Som: Pedro Góis; Montagem: João Braz; Produção: João Trabulo; Estreia: 2010 Intérpretes: Hanna Schygulla (voz), Rüdiger Vogler (voz), Christian Patey (voz); Duração: 66 minutos; País de Origem: Portugal; Versão Original: Português, Alemão, Francês; M 6 Género: Documentário

(Legendas em Inglês | English subtitles)

Sinopse Fantasia Lusitana:A propaganda imaginada e imaginária do salazarismo, durante a II Grande Guerra, pregava a proeza de uma neutralidade devida ao génio de Salazar. Segundo essa propaganda, que proclamava a ausência da guerra no meio da guerra, mesmo com o fluxo de refugiados que chegava a Lisboa, Portugal era um paraíso de paz e tranquilidade, um «oásis de paz» totalmente alheio a uma guerra que só dizia respeito aos outros. A sensação que a propaganda transmitia era a de uma guerra que só afectava os portugueses na medida das dificuldades de sobrevivência. A propaganda, elevada a extremos nas crónicas do Jornal Português, ajudou a criar uma espécie de inconsciência protectora que seria cómica se não fosse trágica. Midas Filmes Nota de intenções: Portugal viveu a Segunda Guerra Mundial dentro de um mundo de fantasia, a propaganda criou aos portugueses um nível de irrealidade fantasista em que a realidade violenta e terrível da guerra, o nível real da realidade, era uma coisa muito longínqua e de outro mundo.Mas a fantasia da propaganda era grosseira, porque como diz José Gil: «A grosseria resulta do esforço e da impossibilidade de dar forma a um fundo visceral sem forma. O pior na grosseria, não é a ruína da forma, mas a arrogância em julgar-se forma.»; e essa grosseria tornava-se uma evidência com a chegada a Lisboa das vagas de refugiados que tentavam escapar ao nazismo e embarcar para as Américas.O filme funda-se no contraste entre as imagens fantasistas da propaganda e as imagens reais do sofrimentos dos refugiados. Vive do contraste entre dois níveis de realidade: a irrealidade de uma fantasia lusitana e a dura realidade das consequências de uma guerra mundial.As imagens da fantasia fascista pretendem fazer acreditar que graças a Salazar se vivia em Portugal no melhor dos mundos; as imagens do sofrimento dos refugiados de passagem por Lisboa, à espera do barco que os livre do nazismo, apresentam a realidade. Estas imagens são amparadas pelos testemunhos escritos de Erika Mann, Alfred Döblin e Antoine de Saint-Exupéry, em textos que reflectem exactamente o pasmo dos autores diante da bizarra noção de realidade dos portugueses. João Canijo Notas da crítica: O que nós éramos nos anos 40 quando lá fora as bombas tombavam do céu como cerejas (como dizia na rádio Fernando Pessa...), o que nós éramos no tempo da Exposição do Mundo Português e do Portugal ...dos Pequeninos, e de Salazar, do sol, da simpatia (e da tristeza, e da hipocrisia, e do provincianismo e da capitulação moral que se disfarçou sob a "neutralidade")? Não, o que (ainda) somos hoje. FANTASIA LUSITANA destrói a zona de conforto que é o "filme de arquivo". Quebra a montra do passado, a segurança do documentário "histórico", virando a câmara para nós, hoje. A exposição do mundo português continua. Vasco Câmara, Público Canijo tem uma fé sem limites na inteligência do espectador. É uma memória incómoda trazida ao consciente, no melhor documentário sobre o Estado Novo de todo o cinema português. Jorge Leitão Ramos, Expresso O trabalho de Canijo com o material que pesquisou nos arquivos é sobretudo uma bela operação de compilação, com o mérito de agir sobre os documentos de maneira subtil, sem os forçar e sem os caricaturar. Luís Miguel Oliveira, Público É João Canijo a transformar a realidade paralela que foi Portugal nos anos 40 (o mundo em guerra e Portugal a salvo nas mãos messiânicas de Salazar) num prolongamento do exaustivo inquérito sobre o país contemporâneo que vem fazendo. Começa por parecer uma anedota, mas depois a coisa torna-se densa. Vasco Câmara, Público Um documentário magnífico construído a partir de imagens de arquivo. Estamos em 1940. Em tempo de Guerra. Mas num certo país à beira-mar plantado, o que domina é uma paz podre. Francisco Ferreira, Expresso Canijo procurou um Portugal ainda mais profundo do que o que já encontrara em Noite Escura. Ana Margarida Carvalho, Visão Um dos raros realizadores nacionais que sabe filmar o Portugal contemporâneo. É uma obra anti-salazarista que usa a propaganda do salazarismo para o condenar. Sérgio Abranches, Time Out

Mais informações: Programação Cinemalua

Org.: Cinemalua – Associação Cultural e Município de São Brás de Alportel | Apoiado pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA)

Fonte: https://www.cm-sbras.pt/pt/agenda/24974/sessoes-de-inverno---sessao-dupla---a-noite-saiu-a-rua-e-fantasia-lusitana.aspx
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