As óperas não refletem apenas os costumes de um determinado contexto histórico. São também um lugar de questionamento, transgressão e erupção de ideias e valores, povoado por personagens com personalidades cambiantes e paradoxais.
Maria Purificação da Silva (1900-1960), figura popularmente conhecida por Maria Cachucha, trabalhava no Matadouro Municipal de Torres Vedras, sendo a única mulher em Portugal que matava bois. O seu aspecto físico causava estranheza, frequentava tabernas e outros espaços exclusivamente masculinos, à época, bebendo e fumando como os seus colegas de profissão.
A AREPO – Associação de Ópera e Artes Contemporâneas, apresenta a ópera de câmara NÃO HÁ MACHADO QUE CORTE, com música de Luís Soldado, libreto de Rui Zink e encenação de Linda Valadas, inspirada nesta invulgar figura popular. O libreto tem como ponto de partida a entrevista realizada em 1942, pela revista EVA, a Maria da Purificação.
Composição: Luís Soldado Libreto: Rui Zink Encenação: Linda Valadas Direção musical: Rui Pinheiro Cantores: Célia Teixeira (Soprano), Susana Teixeira (Mezzo Soprano), Chris Luján (Barítono) Músicos: Adriana Almeida (Flauta), Sofia Azevedo (Violoncelo), Romeu Santos (Contrabaixo), Samuel Pedro (Contrabaixo) Cenografia e figurinos: Sérgio Loureiro Cinema de animação e design gráfico: Maria Pinheiro Desenho de luz: Luís Ferreira Operação de luz: Daniel Luís Edição de partituras: João Ricardo Assistência de produção: Ana Andrade Produção: Arepo - Ópera e Artes Contemporâneas
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