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Monks na Meia Praia

Monks na Meia Praia

Em tom intimista e num formato singular, harmónica e piano abrem um leque de sonoridades envolventes onde há espaço para contornos melódicos que convidam a ficar e vários diálogos espontâneas que se desenrolam nas improvisações. Gonçalo Sousa e Carlos Garcia imbuídos pelas influências da tradição da música erudita, do jazz e da música tradicional, os dois músicos buscam através dos diálogos musicais uma sonoridade de alma portuguesa.

Projecto este registado em três discos: Monks na Meia Praia (2020), Ecos de Zeca (2021) e Sicilienne (lançado agora no princípio de 2024) com o apoio da Antena 2.

Apreciação do pianista João Paulo Esteves da Silva ao disco Monks na Meia Praia:

«Schubert terá duvidado da possibilidade da alegria em música. Para ele tristeza e música seriam sinónimos. Pois bem, mal ouvi os primeiros compassos deste disco, apeteceu-me ir ter com o Franz e pespegar-lhe com "Em tom de Alegria" para o contrariar com um contra-exemplo forte. Ele, sem dar o braço a torcer, dir-me-ia que o som do piano é sempre melancólico e que essa "coisa de palhetas" é um choro permanente, por muito que sorria. Depois pedir-me-ia para ouvir o resto do disco e, logo na faixa "Um abraço nos Einhorn" sorriria triunfante "estás a ver, belo e triste, que é como a boa música deve ser"; e depois, o resto do disco confirmá-lo-ia nas suas razões. Eu não lhe darei toda a razão, mas um bom pedaço, sim. Talvez por concordar que a harmonia seja algo demasiado ausente dos dias que passam e que quando a ouvimos na música sejamos levados para o mundo perdido do "nunca mais", e neste ponto Franz estará certo, mas por outro lado, essa mesma harmonia, enquanto nos leva, está presente e existe enquanto harmonia, o que nos faz sentir viver no mundo do "para sempre" com toda a festa e júbilo que a experiência acarreta. Questões talvez demasiado etéreas, reconheço; o mais importante será que tanto eu, real e duro, como o Franz, imaginário, mas igualmente duro, adorámos o disco - Belo, alegre e triste.»

Apreciação do compositor Luís Tinoco ao disco SICILIENNE: « Monks na Meia Praia é formado por Gonçalo Sousa e Carlos Garcia, dois compositores e músicos multi-instrumentistas que têm vindo a afirmar-se em diferentes áreas, desde a música jazz à música erudita, passando pelas tradições populares de diferentes regiões do Mundo. E essa mundivivência podemos apreciá-la neste seu terceiro trabalho discográfico, Sicilienne, no qual, com grande simplicidade, elegância e sobriedade, juntaram o piano e a harmónica cromática para nos oferecerem uma viagem por temas de alguns dos grandes compositores do cancioneiro universal. Ao longo de catorze faixas Sousa e Garcia partilham o seu tributo a autores incontornáveis que os / nos inspiram pela riqueza das suas harmonias e invenção melódica - Jobim, Buarque, Gershwin, entre outros - ou, também, pela melancolia e intenso lirismo que caracteriza tanta da música que se faz do lado de cá do Oceano – e que podemos apreciar, por exemplo, em Sonho dos Outros, de Bernardo Sassetti. »

Apreciação do pianista Filipe Melo ao disco SICILIENNE: « A música deste duo, nem sendo sempre simples, soa sempre simples. Este é um dom precioso e raro, que surge da união de dois músicos que respiram juntos, unidos pelo bom gosto e pela sofisticação. O repertório, onde a melodia e o lirismo imperam, é tocado com o rigor da música erudita mas também com a liberdade que é própria do jazz. É música que flui, sem barreiras estilísticas, e onde em cada nota se ouve uma total entrega às composições. Foi mesmo um prazer enorme ouvir este disco seguido, sem interrupções, e a prestar atenção a cada detalhe. Agradeço ao Gonçalo e ao Carlos a inspiração que me deram, e espero poder ouvir esta música ao vivo em breve.»

Apreciação da professora Mariana Miguez Cruz ao disco SICILIENNE: «Saber tocar um instrumento é um privilégio. Saber tocar (bem) um instrumento é trabalho e dedicação. Saber interpretar um tema é talento. Saber recriar (bem) um tema é imaginação e inspiração. Colocar tudo isto ao serviço da música dos outros é generosidade e dádiva. Encontrar tudo isto num único álbum é fortuna. Fortuna é também ouvir todo o álbum e pensar: “estes temas só podem ter sido escritos para esta formação”. O Gonçalo e o Carlos fazem-nos acreditar que estes temas foram escritos para harmónica e piano. Como se cada compositor tivesse sonhado que um dia esses dois instrumentos se encontrassem para interpretar a sua obra. Assim acontece porque os dois músicos deste álbum, para além do domínio técnico e musical que possuem, tocam com enorme autenticidade e expressividade, nunca perdendo a sua voz própria mas gerando uma enorme cumplicidade e comunhão. Mas é preciso chegar ao último tema para se levantar vôo…literalmente. Enigmática esta frase? Não, basta ouvir com atenção para perceber que até os pássaros do jardim quiseram contribuir para que o sonho (dos outros) fosse uma realidade. »

Tem actuado em concerto no Hot Clube de Portugal, no Festival Jazz de Grândola Villa Jazz, no Centro Unesco de Beja, no AveNew, na Ordem dos Médicos, Cine Teatro Almada, no ISEG para Antena 2, Cossoul entre outros.

Entrada: 10 BOTAS

Reservas: https://forms.gle/Kuaj2tRgLTb28YV36 + informações: reservas.toca@gmail.com

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