Celebração franca do Dia da Mulher, numa união entre um passado, um presente e um futuro que são ainda de resistência e libertação. Homenagem a todas nós/vós
ANA DEUS, ADOLFO LUXÚRIA CANIBAL E MARTA ABREU apresentam EU FUI SILÊNCIO Performance erigida a partir de poemas de várias autoras que, apesar da censura/silenciamento/desprezo com que à época foram brindadas, lutaram para que a sua voz fosse ouvida. Poemas de damas como Natália Correia, Judith Teixeira ou Maria Teresa Horta nas vozes de Ana Deus e do convidado de ocasião Adolfo Luxúria Canibal sobre ambientes electrónicos magicados por Marta Abreu. Tudo gente com trajecto já bem marcado neste país. Ana Deus é uma das senhoras mais imponentes no meio artístico deste país já desde o final da década de 80, primeiro com os Ban e seguindo depois com os incontornáveis Três Tristes Tigres e, já neste século com Osso Vaidoso, entre outras incursões mais ou menos pontuais pela música e pela palavra. Adolfo Luxúria Canibal é o carismático vocalista dos Mão Morta, banda seminal deste pedaço, marcada por uma voz única. Unindo estas duas vozes, Marta Abreu tem colaborado com ambas as figuras, após ter sido parte dos Voodoo Dolls na década de 90 e de Mão Morta circa 'Primavera de Destroços'.
CHIMA ISAARO Figura muito querida desta casa, onde se estreou nas lides do djing que agora domina com total classe. Tornou-se numa das figuras mais acarinhadas da dança - e não só - deste país, graças a um ouvido atento às dinâmicas e histórias da música, principalmente negra, fazendo união celebratória entre o lado mais soulful do techno e da house, vibrações espirituais jazzy ou euforia disco e inevitáveis ramificações afro-futuristas com uma alegria efuziante. Rainha!
Entrada: 7 euros
