No tempo em que os avós de agora eram meninos também, havia jovens portugueses que partiam para a guerra nas colónias portuguesas. Era um tempo de injustiça. Ao longo da história comum de cinco séculos, os povos de Portugal e das colónias africanas partilharam um destino de pobreza e de guerra. Mas partilharam também as muitas ações de luta contra a ditadura. Na luta contra o salazarismo, contra o colonialismo, serviram-se uns da imprensa clandestina e da agitação, serviram-se outros das armas, outros ainda das palavras, das canções, das tintas, da máquina fotográfica. Manuel António Pina é português e é escritor, Uliano Lucas é italiano e fotógrafo, e foram – cada qual por si – contadores da mesma história do País das Pessoas Tristes que um dia recuperou o seu tesouro perdido. Contadores da mesma história, mas de maneiras diferentes: onde Manuel relata, Uliano retrata. O que um descreve, o outro mostra: gente, muita gente nas voltas das suas vidas. Passantes, trabalhadores, guerrilheiros e soldados e as armas que empunharam. São as armas, afinal, a vontade de quem as carrega. Pois estas, que aqui se contam e também aqui se mostram, disseram que não à guerra para serem as da liberdade.
Mais informações sobre a exposição "Revoluções – Guiné-Bissau, Angola e Portugal (1969-1974)" aqui.Ficha Artística/Técnica
Criação e interpretação: Catarina Moura (Projeto Educativo e Mediação de Públicos)
Classificação Etária
Dos 6 aos 12 anosDuração
40 minutos (aproximadamente)
Informações
Bilheteira: 239 857 191
bilheteira@coimbraconvento.pt
* Gratuita, limitada a um número máximo de 15 participantes, mediante reserva de bilhete junto da Bilheteira do Convento São Francisco.
Fonte: http://www.coimbraconvento.pt/pt/agenda/visita-encenada-a-partir-da-exposicao-revolucoes/