METAMORFOSE MECÂNICA

Na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. 

Nesta “Metamorfose Mecânica” alude-se a esta transformação de que fala Lavoisier, uma transformação que aqui acontece a dois tempos. A mecânica transforma os materiais em peças de engenharia que, chegando ao fim da sua vida útil, ganham uma nova vida nas mãos do escultor.
Numa parceria com o ISEC - Instituto Superior de Engenharia de Coimbra , o que aqui se pretende é criar o diálogo entre a engenharia e a arte. Dois mundos aparentemente tão distantes, fundem-se subtilmente na escultura de Paulo Gouveia, que, com a sua sensibilidade, transforma objetos utilitários e sem qualquer valor simbólico em peças de arte únicas.

Nascido em Lisboa em 1967, Paulo Gouveia profissionalizou-se em eletromecânica. Em 2015 começou a transformar material reciclado em peças decorativas, usando como principal matéria prima aquilo a que vulgarmente chamamos de “ferro Velho” e recorrendo à soldadura por elétrodos. Este tipo de soldadura é um processo manual no qual uma fonte térmica desenvolve calor e provoca uma rápida fusão do material base e do elétrodo (material de adição). 
A reciclagem e o reaproveitamento de objetos de metal, como porcas, parafusos, anilhas, roscas, entre muitos outros em fim de vida, dão origem a originais peças artísticas. Os seus trabalhos refletem temáticas diversas: representações de meios de transporte, instrumentos e figuras musicais, santos e presépios, guerreiros medievais, animais e peças de decoração. 

A entrada é livre e gratuita e a exposição pode ser visitada de terça a domingo das 10h00 às 18h00 até 14 de abril.