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Bate-estradas

Bate-estradas

50 anos depois do 25 de Abril voltam a erguer-se cravos e a abrir-se as portas do Palácio da Quinta Alegre para a mais recente versão de Bate-estradas.

Nos anos de 1960, com o eclodir da Guerra Colonial, o Movimento Nacional Feminino, organização enfeudada nos interesses propagandísticos da ditadura salazarista, reinventou o conceito de “madrinha de guerra”, imanação da figura surgida na Primeira Grande Guerra, em França, por obra de católicos conservadores, e bastante popularizada em alguns países beligerantes, como Portugal. Ora, o papel da “madrinha de guerra” consistia em colocar uma jovem rapariga a trocar correspondência com um soldado em campanha, uma forma de o motivar psicológica e emocionalmente.

Por ocasião do Festival Todos de 2021, decorrido na freguesia de Santa Clara, Joana Brito Silva preparava um percurso performativo quando conheceu uma antiga “madrinha” que 50 anos depois, e à semelhança de inúmeras mulheres, continua casada com o soldado com quem se correspondia. Foi o início de um imenso trabalho de pesquisa que permitiu à autora mergulhar no passado colonial e fazer “o desenho de um Portugal encerrado num sistema patriarcal, conservador, racista, pouco alfabetizado e pobre”, cruzando-o com a geografia social e humana de um “território extremamente rural (apesar de situado na capital) onde coabitam uma população idosa e com pouca escolaridade, que se fixou no local nos anos 1960, e uma população jovem, em grande parte com origens africanas.” FB

Entrada gratuita, mediante marcação prévia para umteatroemcadabairro.quintaalegre@cm-lisboa.pt

Fonte: https://agendalx.pt/events/event/bate-estradas-2/
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