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Il Seicento | Música italiana do século XVII para voz e alaúde

Il Seicento | Música italiana do século XVII para voz e alaúde

A Santa Casa da Misericórdia de Aveiro recebe Tiago Matias. Sou guitarrista e alaudista, natural de Aveiro na companhia da soprano Lydia Galasova, uma das vozes emergentes mais conceituadas no canto lírico na Europa, com o concerto "Il Seicento | Música italiana do século XVII para voz e alaúde" integrado no programa das Comemorações dos seus 525 anos.

PROGRAMA

Girolamo Kapsberger (1580 - 1651) Toccata Arpeggiata Giulio Caccini (c1550-1618) Amarilli Amor ch’attendi

Francesco Corbetta (c. 1615 – 1681) Ciaccona Domenico Scarlatti (1685-1757) Consolati e spera! Alessandro Scarlatti (1659-1725) O cessate di piagarmi

Alessandro Piccinini (1566-1638) Tocatta IV Claudio Monteverdi (1567-1643) Sì dolce è’l tormento Ecco di dolci raggi

Luigi Rossi (c1597-1653) Gelosia ch’a poco a poco

Girolamo Kapsberger (1580 - 1651) Canario Barbara Strozzi (1619-1677) Che si puó fare

Tradicional / arr. Tiago Matias (1978-) Tarantella Stefano Landi (1587-1639) T’amai gran tempo

Lydia Galasova (soprano) Tiago Matias (tiorba e guitarra barroca) Sinopse

O Homem encontrou na voz a forma mais natural e imediata de se expressar, desde o princípio da humanidade até à contemporaneidade. Também a música tem na voz o seu veículo de transmissão mais directo, aquele de que dispomos desde que nos conhecemos. É, por isso, normal, que a grande maioria de composições musicais – de tradição oral e escrita – tenham a voz como elemento central. Um dos géneros mais cultivados desde a idade média até aos nossos dias é a canção, que pode assumir muitos nomes (chanson, song, lied...) em função da língua ou período em que foi composta. De entre os instrumentos musicais que costumam acompanhar a canção destacam-se os instrumentos de corda pulsada. Do século XVI, com o alaúde, aos nossos dias com a guitarra em todas as suas variantes, foram e são estes os instrumentos mais comuns no acompanhamento da voz. O duo formado por Lydia Galasova e Tiago Matias nasce da vontade de explorar e recriar este imenso repertório, das songs inglesas do século XVI às canciones espanholas do século XX, passando pelas arias do seicento italiano ou os lieder alemão do século XIX. Na interpretação historicamente informada do duo há espaço para a recriação e abordagem pessoal de cada canção, tornando-a única, mas também identificável com a estética do grupo. Em Il Seicento, o programa de hoje, partimos de Domenico Scarlatti em direcção ao início do século XVII, em Itália, numa viagem de aproximadamente 100 anos. Domenico Scarlatti, nasce no mesmo ano que Johann Sebastian Bach e Georg Friedrich Haendel: 1685. Scarlatti - ao contrário do seu contemporâneo Bach - conheceu a fama em vida e era reconhecidamente o cravista de maior renome no velho continente. No auge da sua popularidade, o músico serviu a coroa portuguesa entre 1719 e 1729, contratado por Dom João V, contribuindo para a fama e prestígio além-fronteiras que o monarca tanto almejava. De uma obra do próprio Domenico Scarlatti - Consolati e spera!, da ópera Ifigenia in Tauri (1713) – fazemos o caminho para trás, ao longo do seicento italiano. De Alessandro Scarlatti, pai de Domenico, a Giulio Caccini, o compositor mais antigo presente neste programa e que desempenhou um papel fundamental no florescimento da seconda pratica, passamos por Claudio Monteverdi, Stefano Landi e Barbara Strozzi, entre outros. A tiorba e a guitarra barroca, instrumentos muito populares em toda a Europa no século XVII e início de XVIII, eram frequentemente eleitas para o acompanhamento da voz, sendo, por isto, os instrumentos da família do alaúde usados em Il Seicento.

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