22:30
Comemoração do 1º de Dezembro

Comemoração do 1º de Dezembro

A RESTAURAÇÃO 
“Assim se designa tradicionalmente o movimento histórico que restituiu Portugal à plena autonomia a partir de 1 de Dezembro de 1640, usurpada sessenta anos antes pela Espanha centralista e imperialista de Felipe II. Em 1580, deixada a Nação em crise sucessória pela morte de D. Sebastião em Alcácer Quibir e pelo remate da sucessão precária do Cardeal D. Henrique, o monarca espanhol impôs pela força das armas os seus pretendidos direitos à coroa portuguesa, em detrimento dos demais candidatos ao trono. É certo que nas Cortes de Tomar, em 1581, Filipe II jurou manter todas as prerrogativas de autonomia de Portugal como Estado e Nação, ligando o reino de que se apossara à coroa espanhola num regime de monarquia dual, por união dinástica. Mas as promessas juradas foram sucessivamente traídas, ainda no reinado do soberano que as firmara, agravando-se nos reinados seguintes e acumulando-se razões de queixa que propiciaram o movimento “restaurador”: violações de privilégios tradicionais, empobrecimento geral, arrastamento de Portugal para as lutas europeias em que Espanha se envolvia e suas derivantes em territórios ultramarinos, agravamentos assíduos de impostos, etc. A Restauração significou, assim, antes de tudo, o restabelecimento do Estado Português na plenitude da sua soberania - o que implicava à luz da ideologia jurídica da época a instauração de uma nova dinastia representativa da vontade nacional autónoma e apta a obter o reconhecimento das outras potências europeias. O grupo de conspiradores que promoveram o golpe de 1 de Dezembro, constituído por nobres e juristas, fez aclamar o Duque de Bragança, D. João (...), que foi proclamado monarca legítimo logo depois do movimento insurreccional (...). A coroação de D. João IV efetuou-se em Lisboa, no Terreiro do Paço, em 15 de Dezembro de 1640. (...) A Restauração foi um dos efeitos e foi também agente do enfraquecimento do Estado centralista espanhol - mas é inegável que no seu êxito se afirmou uma vontade coletiva capaz de resistir vigorosamente às forças ainda poderosas que a contrariavam.” In Dicionário Ilustrado da História de Portugal, Lisboa, Alfa, [DL 1982], vol. II, p.165-166

GRUPO RECREATIVO “OS 20 ARAUTOS DE D. AFONSO HENRIQUES”
O Grupo Recreativo 20 Arautos de D. Afonso Henriques, remonta ao ano de 1926, tempo de instabilidade política e social, a criação de uma associação, com sede na R. de S. Dâmaso, agora Alameda da Resistência, por um grupo de jovens que discordavam do costume de usar a taberna como centro de reunião das camadas populares, onde se viciavam no álcool, no jogo e, até, na violência.
Assim, norteados por um desejo de dignificação pessoal e social, e para que tudo funcionasse na melhor ordem e civismo nesse espaço de convívio nos tempos livres, foi elaborado um regulamento. Ali expandiam a sua criatividade, recreavam-se com jogos tradicionais, e tinham o apoio de um bar.
Dos fundadores, destacam-se os nomes de Amílcar Lopes, Alexandre da Silva, Abílio Lobo e José Vila Nova. Foi estabelecido um limite de sócios para coincidir com o nome de baptismo: Os Vinte Filhos de D. Afonso Henriques.
Seguiu-se um período de evolução, e a sede da Associação muda-se para a Rua Egas Moniz.
Em 1929, já sob a liderança de Domingos Alves Machado, é legalizada pelo Governo Civil, passando a denominar-se, por sugestão do ilustre publicista A. L. de Carvalho, Grupo Recreativo Vinte Arautos de D. Afonso Henriques.
Dizem os estatutos que esta Associação é defensora e divulgadora dos monumentos e potencialidades de Guimarães, e alheia a política e religião.
(...)
Começa então a fase mais importante do seu desenvolvimento, instalando-se a sede no gaveto da Rua de S. Dâmaso e Campo da Feira. Cria uma pequena biblioteca, abre uma escola de música, participa em espectáculos e manifestações bairristas, publica nas datas festivas um jornal - O Arauto -, organiza excursões por todo o país, levando bem longe o nome de Guimarães e seus monumentos.
Em 1952, com o projecto da demolição dos prédios da Rua S. Dâmaso, mudou a sede para a Rua da Rainha. Em 1954, fixa-se definitivamente na Rua Gravador Molarinho, onde viveu uma época de importante actividade cultural, realizando inúmeras palestras e conferências com personagens notáveis. Por esta razão foi o seu nome alterado para Grupo Cultural e Recreativo Os Vinte Arautos de D. Afonso Henriques.
Com a guerra do Ultramar sofre uma crise, e, com o 25 de Abril, cede por empréstimo as suas instalações à Associação dos Reformados de Guimarães.
Mais recentemente, com a admissão de novos sócios, retomou a sua actividade tradicional, tendo adquirido o imóvel onde está instalado. In Revista da Associação dos Viajantes e Técnicos de Vendas de Guimarães.

PROGRAMA

Quinta, 30 de novembro
22:00
Receção aos grupos participantes

22:30
Hastear das bandeiras (sede do Grupo Recreativo “Os 20 Arautos de D. Afonso Henriques”)

22:45
Início do desfile pelas ruas da cidade, percorrendo as principais artérias do Centro Histórico, onde irá sendo cantado o Hino da Restauração, para que o final decorra por volta das 24h00.

00:00
Ceia na sede do Grupo Recreativo “Os 20 Arautos de D. Afonso Henriques” para todos os participantes.

PERCURSO:
- Rua Gravador Molarinho (Sede dos “Os 20 Arautos de D. Afonso Henriques")
- Rua da Rainha D. Maria II;
- Rua Alfredo Guimarães;
- Rua Egas Moniz;
- Largo Condessa do Juncal;
- Viela da Arrochela;
- Largo João Franco;
- Rua Vale de Donas;
- Largo dos Laranjais;
- Rua das Trinas;
- Largo do Carmo;
- Rua Conde D. Henrique (Estátua D. Afonso Henriques)

Colocação de coroa de flores

Atuação do Grupo Coral Osmusiké
. Hino de Guimarães
. Hino da Restauração

Discurso do Sr. Presidente da Câmara
. Hino de Portugal

Continuação do desfile
- Largo do Carmo;
- Rua de Santa Maria;
- Praça de S. Tiago;
- Rua Gravador Molarinho (Sede do Grupo Cultural e Recreativo “ Os 20 Arautos de D. Afonso Henriques”);

Ceia para todos os participantes

GRUPOS PARTICIPANTES:
- Sociedade Musical de Guimarães
- Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Guimarães
- C.N.E – Corpo Nacional de Escutas
- Grupo Coral Osmusiké
- Grupo Cultural e Recreativo “Os Trovadores do Cano”
- Daniel Salgado – Transporte e cedência de Cavalos

HINO DA RESTAURAÇÃO

Portugueses celebremos
O dia da redenção
Saem do pulso as algemas
Ressurge a livre nação

O Deus de Afonso em Ourique
Dos Livres nos deu a Lei
Nossos Braços a sustentem
Pela Pátria pela Grei

Avante! Avante
O ferro empunhar p´ra batalhar
A pátria nos chama
Convida a Lutar
Convida a Lutar!

Fonte: https://em.guimaraes.pt/agenda/geo_evento/comemoracao-do-1-de-dezembro
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.
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