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Inauguração exposição 'A Máquina de Teclar Pensamentos II' de Paulo Robalo e Luis Robalo

Inauguração exposição "A Máquina de Teclar Pensamentos II" de Paulo Robalo e Luis Robalo

Inauguração da exposição “A Máquina de Teclar Pensamentos II” de Paulo Robalo e Luis Robalo

25 de novembro 2023 a 14 de janeiro 2024 Espaço Biblos (Rua dos Bombeiros Voluntários 5) Fundão

Inauguração: 25 de novembro de 2023 às 18h00

Temos em nós uma máquina que tecla os pensamentos. Como se fosse uma máquina de escrever, que não é mecânica nem um objeto. É uma máquina biológica, muito mais complexa, de tal forma que ainda não se sabe como ela tecla os pensamentos. Fruto da sua livre vontade, ou de uma intenção pessoal, esta máquina que estará pousada numa secretária dentro da nossa cabeça, não tem um segundo de descanso. Desde que se abriu o escritório com o iniciar de uma nova vida, ela, formiguinha incansável, tecla e tecla dia e noite, produzindo um número inatingível de palavras em sequências de frases, que dariam numa existência – o tempo que o escritório está a laborar – para dar várias voltas ao mundo, ou mesmo, estendidas em linha direita e reta, ou mesmo chegar à lua. A Máquina de teclar pensamentos produz ideias profundas e complexas, mas também tecla asneiras e impropérios. Sendo humana, tem muita tendência para o erro. Por vezes também encrava e fica a teclar na mesma tecla provocando grandes dissabores e dores de cabeça. Produzindo matéria etérea e subtil, a máquina de teclar pensamentos não imprime a caligrafia das letras, numa superfície, seja papel ou a que for. Ela, sendo aceitável dizê-lo assim, exala os seus escritos que depois são soletrados pela boca ou se desvanecem, como que evaporando-se das nossas cabeças. Como o escritório é pequeno e tem pouca arrumação, os pensamentos produzidos por esta magnífica máquina, não são todos arquivados. Prevalecem só os que são considerados como passíveis de fazer parte da estante das recordações e memória, decisão e escolha, uma vez mais alheia à vontade do dono da sua cabeça. O Artista porque tem essa sensibilidade à flor da pele para captar as coisas subtis, conseguiu captar a imagem dessa máquina imaginária, e aqui se representa para que se saiba que mesmo sendo imaginária ela existe, e produz cosmogonias, mas se formos um pouco mais humildes, não chegamos a tanto, ficando contentes e cheios em que ela produza somente pensamentos por vezes grandiosos e de grande beleza. O que é mais que suficiente, para ficarmos todos contentes por sermos donos de uma máquina de teclar pensamentos. Mais ou menos como esta:

* Luis Robalo

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Paulo Robalo nasceu em Lisboa em 1965. Licenciado em Pintura pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, complementou os estudos com o curso de Design Cénico Contemporâneo na Universidade complutense de Madrid e fase projecto de Pintura e Desenho no AR,CO. Lecionou o curso de Cenografia e coordenou o curso de ofícios do espetáculo na escola Chapitô durante mais de uma década. Desde 2007, foi colaborador e coordenou oficinas de Pintura de "Backdrop"e cenografia na Academia contemporânea do espetáculo no Porto e na Restart em Lisboa. Participou como cenógrafo em grandes eventos nacionais; Lisboa capital da cultura 94, Expo 98, Gymnastrada 2003, Rock in Rio. Foi cenógrafo residente na companhia teatro do mar e no teatro da luz ,realizando inúmeras cenografias com encenadores nacionais. Desenvolve um trabalho de pintura ,instalação e performance, tendo sido representado por várias galerias e participado em bienais residências artísticas internacionais. Atualmente é docente da disciplina de Desenho na Escola artística António Arroio e professor de cenografia na worldacademy. É cocriador em 2015 da associação cultural Passevite e em 2020 cria com a Maria Barroco a plataforma Penumbra Projectos Artísticos. http://www.paulorobalo.com/

Luis Robalo fez estudos de filosofia, fez crítica literária, escreve com regularidade textos de opinião e crónicas de viagens, nomeadamente no Jornal Público. Participa regularmente em projetos multidisciplinares com o pintor Paulo Robalo, onde constrói textos animados pelas criações do artista, ou lançado temas a serem desenvolvidos em linguagem plástica. Terminou recentemente o livro “Cadernos de Abril – canções revisitadas”, onde invoca, pelas canções que escolheu para ilustrar com palavras, memórias pessoais e coletivas do passado, do presente e do futuro, afinal, os únicos temas sérios que cada um pode falar, na sua experiência de os viver. Cadernos de Abril é o seu tributo a um dia em que aconteceu uma revolução de Amor.

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http://www.ars-id.org/

ARS Investigação Desenvolvimento, Projecto Pontes, Município do Fundão, Direção Geral das Artes, República Portuguesa – Cultura

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