Juntem-se a nós no dia 22 de Novembro às 19h, de qualquer sítio no país, para a apresentação online da nossa nova publicação "Como (e quando) falar da deficiência: um guia para profissionais de comunicação cultural e jornalistas”. Haverá interpretação em Língua Gestual Portuguesa. A participação é gratuita, mas é necessária inscrição (através de https://forms.gle/xqKhYYxe5nZDgeAh8).
Contaremos com a presença de cinco das revisoras da publicação - Diana Niepce, Diana Santos, Joana Reais, Mia Meneses, Patrícia Carmo - e das co-autoras, Dora Alexandre e Maria Vlachou.
Estamos muito conscientes de que, em diversos momentos – por falta de conhecimento e de contacto com certas realidades – o sector cultural e o sector da comunicação social têm ajudado a perpetuar estereótipos em relação às pessoas com deficiência e Surdas, revelando mentalidades e atitudes capacitistas*. Ao público chegam notícias com títulos sensacionalistas, referências capacitistas e termos incorrectos.
* Capacitismo é a palavra que define a discriminação, opressão e abuso contra pessoas com deficiência, considerando-as inferiores às pessoas sem deficiência.
Consideramos de extrema relevância e urgência abordar este problema, pelas seguintes razões:
- Porque estamos muito conscientes do desconforto e incómodo constante vivido e sentido por colegas, profissionais da cultura, que não se reveem e chegam a sentir-se ofendidos pela forma como o seu trabalho e histórias de vida são apresentados à sociedade e ao público;
- Porque cada pessoa – e, especialmente, neste caso, os profissionais de comunicação – tem a responsabilidade de contribuir para a criação de uma sociedade onde todas as pessoas possam ter o direito de sonhar e de ser o melhor que puder, sem “rótulos”;
- Porque, em Portugal, existe legislação específica e foram assinadas convenções muito relevantes para esta matéria. No entanto, como todos sabemos, as atitudes das pessoas não se alteram por decreto;
- Porque é urgente quebrar o paradigma capacitista vigente na sociedade portuguesa.
O guia foi escrito pela jornalista Dora Alexandre (autora de “A deficiência na comunicação social: guia de boas práticas para jornalistas”, 2012) e pela directora executiva da Acesso Cultura e consultora em comunicação cultural, Maria Vlachou. Seis artistas e activistas com deficiência ou Surdas foram ainda convidadas para rever e comentar sobre o conteúdo. São elas: Diana Niepce, Diana Santos, Joana Reais, Mia Meneses, Mickaella Dantas e Patrícia Carmo.
O foco desta publicação é a área da cultura, que é a nossa área de trabalho. Sabemos, porém, que o que está aqui elaborado reflecte-se, igualmente, noutras áreas, e esperamos que possa vir a ser útil também para outros profissionais.
Esta publicação tem a comparticipação do Polo Cultural Gaivotas | Boavista da Câmara Municipal de Lisboa.
