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Espetáculo de encerramento do ano letivo: Harlequinade (Ballet) + E C O (Dança Contemporânea)

Espetáculo de encerramento do ano letivo: Harlequinade (Ballet) + E C O (Dança Contemporânea)

5€
MARTA TOMÉ INSPIRA-SE EM ALMADA NEGREIROS PARA RECRIAR “HARLEQUINADE”, UM BAILADO CLÁSSICO A 22 DE JULHO NO TEATRO VIRGÍNIA


	A escola O CORPO DA DANÇA, apresenta o seu espetáculo de encerramento do ano letivo com duas sessões agendadas para 22 de julho (sábado) às 17h30, no Teatro Virgínia em Torres Novas. A primeira parte será consagrada à dança clássica (ballet) com Harlequinade, um bailado com adaptação livre da professora e coreógrafa Marta Tomé. Após o intervalo, o pano abre-se à dança contemporânea, transfigurando o palco em cenário futurista constituído pela coreografia e pelas inquietações das alunas acerca do estado do mundo e da sociedade.

	A diretora da escola de dança, aludindo à escolha da obra clássica a representar, revela que «este ano levamos a palco Harlequinade, um bailado com duas versões diferentes, a original da autoria de Marius Petipa (1900) e outra de George Balanchine (1965). A nossa será uma adaptação livre, de acordo com as idades e os níveis de cada turma».

	Harlequinade foi apresentado pela primeira vez no Teatro Hermitage em 23 de fevereiro de 1900.  O enredo, no estilo commedia dell'arte, desenrola-se durante o carnaval de Veneza e relata os esforços de Leandre, pai de Columbina, para desviar as atenções de Arlequim e casar a sua filha com um pretendente rico e mais velho. Ele é auxiliado pelo zeloso empregado, Pierrot, mas as suas intenções acabam frustradas por Pierrette, a esposa de Pierrot. O desenlace desta pantomima acontece com a ajuda da Fada Madrinha (Fierina), que altera as perspetivas financeiras de Arlequim oferecendo-lhe um tesouro. Assim, na posse de uma riqueza considerável, Arlequim convence subitamente o pai de Columbina e o verdadeiro amor triunfa, celebrando-se o carnaval com alegria. 

	Através da pesquisa realizada em torno deste bailado, descobrimos nos arquivos do Museu do Teatro e da Dança, que o modernista Almada Negreiros se inspirou na dramaturgia original de Harlequinade para criar uma peça de teatro para crianças intitulada "O Jardim de Pierrette", estreado no Teatro da Trindade em 1918 e anunciado como um «Bailado-Mímico». Esta incursão de Almada Negreiros no domínio do bailado ganha relevância para a própria história da dança portuguesa suscitando a incorporação de elementos estéticos vanguardistas sob influência de uma das companhias de dança (e de arte) mais importantes do século XX, a companhia Bailados Russos (Ballets Russes) dirigida por Sergei Diaghilev, a qual contava com bailarinos como Nijinsky, compositores como Igor Stranvisky ou artistas como Pablo Picasso e Henry Matisse.
	
 	A segunda parte do espetáculo é dedicado à dança contemporânea. “ECO” transporta-nos para um futuro inquietante, impelidos pela pergunta que serviu de mote à criação artística: «Como é que será o mundo daqui a 30 anos?». O sentimento das gerações mais jovens, perplexas acerca do estado do mundo e da sociedade, transfigura-se nas coreografias apresentadas em palco, ecoando as suas mais profundas angústias, mas também algum otimismo, na incerteza do porvir.

	Daqui a 30 anos, que sustentabilidade ambiental nos legaram as gerações precedentes? Que garantias teremos de que os direitos humanos e a justiça prevalecerão? Que formas de dominação continuarão a oprimir e a descriminar minorias? Haverá cidades que favoreçam a cidadania plena, a participação política e os direitos culturais? Estas são algumas das interrogações incorporadas nos movimentos e nos corpos que integram “ECO” e resplandecem no palco do Teatro Virgínia, no próximo dia 22 de julho.

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 > Bilhetes (5€) à venda no Teatro Virgínia.
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