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Inauguração: ENGRÁCIA CARDOSO, RUI GAIO «Paisagens Efémeras»

Inauguração: ENGRÁCIA CARDOSO, RUI GAIO «Paisagens Efémeras»

"Paisagens Efémeras" apresenta um conjunto de serigrafias, pinturas e desenhos de Engrácia Cardoso (n. 1976), pintora, gravadora e artista premiada, em diálogo com o projeto audiovisual e musical "Efémera" do músico e compositor Rui Gaio (n. 1975).

Serão apresentadas pela primeira vez e lançadas duas novas serigrafias da artista no âmbito do seu projeto atual ligado à "paisagem e à construção de um caminho" e que se baseiam numa experiência de emigração em Trás-os-Montes, em 1969, que envolveu um grupo de duas mulheres e várias crianças. Este grupo migrou clandestinamente seguindo um trilho a pé, entre pedras e vegetação silvestre, rumo a França, que Engrácia Cardoso percorreu entre Portugal e Espanha, num processo que a própria artista descreve:

“A construção do caminho levou à realização de um projeto de continuidade que me ligou à viagem, às suas nuances particulares e à paisagem. (...) Diante de uma natureza soberana, a paisagem apresenta-se num espaço pictórico e fotográfico. A criação tem o seu lugar expressivo dando relevo a uma vertente interior e intimista e também a uma vertente exterior em relação com a fuga. (…) tudo surge sem ordem, aviso ou figura. Constatam-se as paisagens fragmentando as formas em desenhos. Partindo dos elementos soltos da natureza, riscando, desenhando, fotografando, embrenhando-nos no caos da vivência e da imaginação. Depois de uma grande fuga foi-nos revelado o caminho de chegada, dando forma e visibilidade a este projeto. Não se trata tanto de uma revelação, mas da construção da intimidade no desejo de nos abrirmos e nos transcendermos num diálogo silencioso.”

Rui Gaio, por sua vez, apresenta-nos uma instalação audiovisual com projeção de imagens acompanhadas de provas do álbum-livro “efémera”, criado em serigrafia por Filipa Oliveira e João Flecha (Sud Sud) com a direção artística de Catarina Machado.

Este projeto audiovisual e musical incide sobre o dia-a-dia de pessoas, lugares e “não-lugares”, na perspetiva do autor, segundo o qual “numa frenética odisseia criativa, a experiência do quotidiano é convertida em peças musicais, combinada com imagens em movimento e imediatamente publicada.” Tendo como base piano e sintetizadores, estas peças designadas de everydays “vão-se avolumando até completar o objetivo utópico de alcançar o número 365”, num poético registo que junta o vivido e o imaginado.

O artista pretende assim captar a efemeridade da experiência, reunindo a vertente plástica da imagem fotográfica em movimento nos seus vídeos e o fundo musical.

CPS no CCB Centro Cultural de Belém Praça do Império 1449-003 Lisboa Tel. 213 162 175 Exposição patente até 13 de Julho. Entrada livre.

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