18:00 até às 21:00
Inauguração: cutting Glass wreaths

Inauguração: cutting Glass wreaths

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cutting Glass wreaths 21.04 - 25.05.23 Uma exposição de Marcelo Reis Curadoria: Vera Carmo

Programa: Inauguração: 21.04 | 18h | Rampa

Finissage: 27.05 | 18h00 I Rampa Lançamento da K7 "cutting Glass Nails" por Marcelo dos Reis, com a presença de Diogo Tudela (Editora CCSS++)

O filósofo Frédéric Neyrat esteve recentemente em Lisboa para uma conferência durante a qual assinalou, com alguma preocupação, um fenómeno novo na história da humanidade: pela primeira vez, a comunicação entre máquinas ultrapassou a comunicação entre seres humanos. Notou que - para além do aumento de comunicação mediada por interfaces -, mesmo num encontro cara a cara, há um qualquer dispositivo próximo que recolhe dados e alimenta instantaneamente os algoritmos que, por sua vez, irão ditar o acesso aos conteúdos em linha. O resultado é um “efeito bolha”: determinados temas e perspectivas surgem replicados, enquanto outros desaparecem. Em suma, cada qual vê a sua mundivisão, os seus medos e preocupações continuamente reiterados. "cutting Glass wreaths" tem origem numa reflexão complementar das ideias de Neyrat: a iliteracia digital; ou seja, a incapacidade de compreender realmente como se processam as sucessivas codificações que constituem o “novo real”. As obras em exposição ensaiam uma interrupção no fluxo de encriptações, apresentando uma materialização do algoritmo, mas não permitindo aceder ao texto inicial, escrito num idioma inteligível. Porém, o título da exposição assume-se como uma pista: as três palavras estão algures ali. O público é, pois, encorajado a participar num “cadáver esquisito”, mas a informação de facto escapa. A realidade escapa. Cada qual permanece sozinho a cada tentativa de interpretação. É a experiência máxima da subjetividade, que resulta no alheamento.

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Marcelo Reis (Porto, 1993) é artista plástico e produtor musical, sobre o nome Wushta. Licenciado em Cinema e Audiovisual pela Escola Superior Artística do Porto (ESBAP), frequentou a Baltic Film and Media (ERASMUS) e concluiu a Pós-Graduação em Arte Cinemática pela Escola das Artes (UCP). Atualmente é mestrando em Artes Plásticas/Multimédia na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP). A sua obra explora a transmissão, tradução e adulteração de sinal/mensagem entre diferentes media. No conjunto do seu trabalho destaca-se Paraíso Fugaz, (GnRation, Braga, 2023), em colaboração com Mariana Vilanova; To be devoid of meaning is not identical to being lifeless (Panorama#19, Escola das Artes, Porto, 2019) e participou na revista Dose #5 com Binary Rhythm (2020), que foi seguida de Death upon my thought (2021) apresentada no lançamento da Dose #6. Marcelo ainda é fundador da OLEC, plataforma de live-streams que tem como objectivo mostrar a atualidade da música electrónica (e experimental) underground da Cidade do Porto. A OLEC já contou com músicos como DJ Lynce, Perila e Olan Monk. Iniciou também o projeto MÁXIMA INTRÍNSECA que contou até agora com a performance de Mariana Vilanova e Francisco Antão no Planetário do Porto - CCV. É monitor no Mestrado em Som e Imagem na Escola das Artes - UCP.

- English - cutting Glass wreaths 21.04 - 27.05.23 An exhibition by Marcelo Reis Curator: Vera Carmo

Program: Oppening: 21.04 | 18h | Rampa

Finissage: 27.05 | 18h00 I Rampa Release of the K7 "cutting Glass Nails" by Marcelo dos Reis, with the participation of Diogo Tudela (Editora CCSS++)

Philosopher Frédéric Neyrat was recently in Lisbon for a conference during which he pointed out, with a certain concern, a new phenomenon in human history: for the first time, communication between machines has surpassed communication between human beings. He noted that - besides the increase in interface-mediated communication - even in a face-to-face encounter, some nearby device collects data and instantly feeds the algorithms that, in turn, will dictate access to online content. This results in a "bubble effect": certain topics and perspectives appear repeatedly, while others simply fade out altogether. In short, each one sees his or her worldview, fears and concerns continually reasserted. "cutting Glass wreaths" has its origin in a complimentary consideration of Neyrat's ideas: digital illiteracy. That is, the inability to really understand how the successive encodings that constitute the "new real" are processed. The works on display rehearse an interruption in the flow of encryptions, presenting a visualisation of the algorithm, though not allowing access to the original written text. However, the title of the exhibition provides a clue: the three words are there somewhere. The public is thus encouraged to participate in an impossible "esquisite corpse". The information is missed. Reality escapes. Each one remains alone in each attempt at interpretation. It is the ultimate experience of subjectivity, which results in alienation.

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Marcelo Reis (Porto, 1993) is a visual artist and music producer, working under the name Wushta. He graduated in Cinema and Audiovisual by Escola Superior Artística do Porto (ESBAP), attended the Baltic Film and Media (ERASMUS) and concluded the Post-Graduation in Cinematic Art by Escola das Artes (UCP). He is currently a Masters student in Visual Arts/Multimedia at the Faculty of Fine Arts of the University of Porto (FBAUP). His work explores the transmission, translation and adulteration of signal/message between different media. His work includes "Paraíso Fugaz", (GnRation, Braga, 2023), in collaboration with Mariana Vilanova; "To be devoid of meaning is not identical to being lifeless" (Panorama#19, Escola das Artes, Porto, 2019) and he participated in Dose #5 with "Binary Rhythm" (2020), which was followed by "Death upon my thought" (2021) presented at the premiere of Dose #6. Marcelo is still the founder of OLEC, a live-streams platform that aims to showcase the current electronic (and experimental) underground music from Porto. OLEC has already featured musicians such as DJ Lynce, Perila and Olan Monk. He also started the project MÁXIMA INTRÍNSECA which counted until now with the performance of Mariana Vilanova and Francisco Antão at the Planetário do Porto - CCV.He is a monitor in the Master in Sound and Image in the School of Arts - UCP.

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