Como arquivar um meteorito, de Ana Leandro e Inês Varandas

Verão de 1969. 20h17min. Neil Armstrong pisa solo lunar e observa a terra em quarto minguante. Todos nós conhecemos esta imagem. 54 anos depois as pegadas ainda lá estão.
A ida à lua vive na imaginação de inúmeras gerações, é o astro mais próximo de nós e um dos poucos que podemos observar a olho nu. Há milhares de anos que olhamos para o céu e fantasiamos sobre o que se poderá encontrar fora do nosso alcance. Este fascínio não parece cessar, a corrida espacial volta a ser manchete de noticiários, a história repete-se.
Esta exposição interliga um conjunto de arquivos e foi produzida através de processos manuais, um low-tech do high-tech, devido a uma necessidade interior de abrandar, de nos aproximarmos de ritmos mais naturais e terrestres.
Perguntamo-nos: o verdadeiro explorador é aquele que trabalha a terra ou aquele que dela foge?

Curadoria: Carla Cruz