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Março do M.Ou.Co. tem o toque de “Alcântara” e entra na mira de Balla

Março do M.Ou.Co. tem o toque de “Alcântara” e entra na mira de Balla

Antevê-se um março em cheio - e sonoramente eclético - num dos palcos alternativos de referência da cidade do Porto. E os agradecimentos aparecem desta vez logo à cabeça, nas direções do belga Warhaus, dos britânicos Pale Blue Eyes e dos portugueses Frankie Chavez, Balla e Pongo, que transportarão para a sala de espetáculos do M.Ou.Co. aliciantes quanto bastem para um mês. Entre eles o lançamento de um novo álbum, a antecipação de um outro e ainda duas estreias ao vivo em território nacional.

Ao olhar para o percurso artístico e para o calendário percebe-se facilmente que uma das datas mais aguardadas é o dia 18 (21h00), sábado em que, bem antes de chegar a Leiria, Frankie Chavez vira à direita. Na certeza de que chegará muito bem ao M.Ou.Co., uma das paragens da digressão especial que anda a fazer pelo País, para apresentar o novíssimo “Alcântara”. LP de que o público já conhece “Cheguei Bem” e “Não Saberás”, e que está a revelar as novas ilhas musicais que este nome grande do blues/folk português está a descobrir. E algo nos diz que o concerto vai ser bem mais do que um dia muitos pensavam ver, na primeira aventura de Frankie Chavez na composição de temas originais com a língua portuguesa…

Até ao dia 24 (21h00), o tempo voará à velocidade dos Balla. Para apreciar uma das grandes bandas da pop eletrónica portuguesa e, ainda por cima, a antecipação do novo longa duração “Cãs”.

Na linha de tiro do mercado discográfico, o trabalho no prelo “tipifica calma, consciência de escolhas, conhecimentos acumulados, sabedoria, mas, ao mesmo tempo, a aceitação de que a procura será eterna”. Daí que, passados 10 anos, a regravação dos temas “Construí Ruínas“ e “Uma sede“ pretendam soar como uma antecipação, sim, mas mais como “pontes entre o passado e o que está aí para chegar”. E como sabe tão bem quando os Balla deixam forte a música portuguesa como mais ninguém…

Março finalizará igualmente em português, no dia 30 (21h00), quinta-feira, com a arte de Engrácia Domingues, a qual conhecemos pelo alter ego de Pongo. Que estourou na cena musical quando, com 15 anos, emprestou a voz ao tema “Kalemba (Wegue Wegue)”, dos Buraka Som Sistema.

Num espetáculo com o selo da SON Estrella Galicia, Pongo surgirá no palco do M.Ou.Co. com o recentemente editado “Sakidila” na cartilha – um disco que saiu das entranhas da pandemia, mas que levará a intérprete a várias paragens europeias e além Atlântico. O que não é de admirar, depois de “Baia”, em 2019, e “Uwa”, em 2020, terem colocado a artista - que venceu um dos prémios da Music Moves Europe para artistas emergentes - debaixo da lupa de vários media especializados. Perceber-se-á porquê, uma vez mais, desta feita para os lados do Bonfim.

O mês começará, porém, no dia 5 (21h00), domingo, com Warhaus, o projeto a solo do belga cantautor Marten Devoldere (líder dos Balthazar), em estreia nacional no Porto, com “Ha Ha Heartbreak”, o terceiro trabalho de originais. Para uma noite “emotiva, sensual e envolvente”, com uma guitarra, um microfone e um coração (ainda fresco de) partido em cena. Que seguem depois para concertos em Madrid e Barcelona.

Depois de ter surpreendido com “We Fucked a Flame into Being” (2016) e “Warhaus” (2017), Marten Devoldere surgirá no M.Ou.Co. naquele que é o seu registo mais sincero, pessoal e melancólico, composto de sonoridades pop, soul e jazz que emanam uma estética musical que faz lembrar Leonard Cohen, John Cale ou Tom Waits.

Passada uma semana, o segundo domingo (dia 12) de março caberá aos britânicos Pale Blue Eyes, naquela que será uma outra estreia ao vivo em Portugal. Um guitar pop britânico que permitirá identificar reminiscências de The Cure e DIIV, condensadas no trabalho inaugural “Souvenirs”.
O som urbano de Pale Blue Eyes, estamos seguros, casará bem com o ambiente da movida portuense, ao oferecer uma “sedutora variedade de pop a combinar com ritmos propulsivos que nos remetem para o encontro do pós-punk com o krautrock”.
A noite do M.Ou.Co. será, pois, preenchida com grandes melodias, compostas de “grooves enérgicos”, “baixos corajosos” e linhas de guitarra que nos enviam para “um Bunnymen mais motorizado” e para a plasticidade sonora da banda de Robert Smith.
Já a 9 de março, o palco será outro, bem como o registo e os artistas de serviço. O programa radiofónico Pérola Negra (que vive nas antenas das rádios Universitária do Minho e Oxigénio) ocupará o Bar M.Ou.Co., das 18h00 às 20h00, para a gravação de um novo episódio e um DJ Set. E logo com um convidado especial: Xico Ferrão.

Será a primeira sessão de um evento que conhecerá sequela daqui a dois meses. Porque, “projetando sonhos e produzindo pequenas relíquias”, Rádio Pérola Negra quer parte da revolução artística da zona oriental do Porto em que o M.Ou.Co. está inserido.

O programa mistura músicas de todas as latitudes - e de qualquer intervalo temporal - e conversas sobre as mesmas. A gravação no M.Ou.Co. poderá ser vista e ouvida pelo público presente. Aliás, o ambiente informal do Bar e seus ocupantes serão também audíveis na gravação, prevendo-se, por isso, uma interação rica e sempre imprevisível…

Por falar em coletivos, no dia 21 (20h00) será a vez da Musicoteca do M.Ou.Co. receber um projeto diferente: “Origens em transição”, do coletivo artístico ru-snake – uma das iniciativas selecionadas pelo programa Shuttle, que apoia a internacionalização de projetos criados e desenvolvidos por artistas e agentes culturais sediados na cidade do Porto.

“Origens em transição” recolhe canções folclóricas tradicionais da etnia Lemko (Polónia), com vista à criação de composições originais inspiradas e enraizadas na experiência do grupo (de que fazem parte Clélia Colonna, Greta Wardega e Isidro Valdes), com base na utilização da repetição como plataforma para a coexistência e articulação de materiais muito distintos (estética musical praticamente antagónica), numa experiência musical imprevisível, mas coesa.

Ru-snake, recorde-se, é um projeto de interseção da música tradicional e minimal progressista, que se norteia pela partilha de canções polifónicas da Europa Oriental e do Sul.

Um mês de boa “safra” em perspetiva. M.Ou.Co. “Stay. Listen. Play”…

Agenda do M.Ou.Co.:

• 5 de março – Warhaus, 21h00
• 9 de março – Gravação e DJ Set do programa de rádio Pérola Negra, 18h00,
   no Bar M.Ou.Co.
• 12 de março – Pale Blue Eyes, 21h00
• 18 de março – Frankie Chavez, 21h00
• 21 de março – “Origens em transição”, de ru-snake, 20h00, na Musicoteca
• 24 de março – Balla, 21h00
• 30 de março – Pongo, 21h00
• 1 de abril - Matt Elliot, 21h00
• 29 de abril – The Slow Readers Club, 21h00
• 18 de maio – Raúl Midón, 21h00
• 20 de maio – Columbia Mills, 21h00
• 25 de junho – Then Veils, 21h00

SOBRE O M.Ou.Co.
M.Ou.Co. é o acrónimo de Música e Outras Coisas. Localizado no coração da cidade Invicta, no Bonfim, é o primeiro hotel do País com um conceito multidisciplinar e dirigido para o mundo musical. Com 41 estúdios e 21 quartos (repletos de evocações artísticas), restaurante, bar, piscina, esplanada e jardins, o complexo ocupa um total de cinco mil metros quadrados e assume-se como espaço cultural de eleição. Para dar expressão máxima àquele que é o seu claim - “Stay. Listen. Play” -, o M.Ou.Co. dispõe de uma sala de concertos, três salas de ensaios, uma musicoteca, um espaço de saúde e bem-estar do músico e outros pormenores distintivos que convidam a uma descoberta prolongada e a uma experiência hoteleira repleta de sentido(s).

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