Masterclass com Miguel Clara Vasconcelos

Sábado, 8 de novembro, 16:00
Teatro Municipal de Vila do Conde, sala 2
Entrada: 3,00 €

A 8 de novembro, sábado, pelas 16:00, o Teatro Municipal de Vila do Conde recebe uma masterclass com Miguel Clara Vasconcelos numa abordagem à sua obra “O Triângulo Dourado”, vencedora da Competição Nacional da última edição do Curtas Vila do Conde - Festival Internacional de Cinema.

A curta-metragem será exibida na sala 2 do Teatro Municipal juntamente com "Jaime", de António Reis e Magarida Cordeiro, servindo como mote a uma conversa, aberta ao público em geral, onde o realizador abordará o seu percurso e as suas obras.

Miguel Clara Vasconcelos encontra-se, de momento, em Vila do Conde em fase de pesquisa para um novo projeto sobre a cidade.
 
Esta masterclass, apoiada pela Cinemateca Portuguesa, é fruto de uma parceria entre a Curtas Metragens CRL, no âmbito do programa Campus, apoiado pelo QREN/ Programa Novo Norte, e a Sociedade Portuguesa de Autores através do programa Cultura a Norte.

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O TRIÂNGULO DOURADO
Miguel Clara Vasconcelos, 2014

Às portas de Paris, onde o rio Sena encontra o Marne, Sheylla revela memórias, encontros e sentimentos das viagens que a levaram até ali. Ela prepara-se para partir de novo, mas que direção tomar quando se pode partir em todas as direções? “O Triângulo Dourado” é um filme feito de materiais caseiros, artesanais, um pouco frágeis até. Com uma bicicleta, uma câmara de 16mm, um poema na memória e actores não profissionais, procurei falar da viagem, do amor, da solidão, e das distâncias que ligam esses três ângulos.

JAIME, 
António Reis e Margarida Cordeiro, 1974

Jaime, doente psiquiátrico, busca, no seu labirinto interior e no exterior que o rodeia, a harmonia que lhe escapou: o sentido das origens, as imagens do seu passado distante, as presenças de um universo ausente, o das terras de Barco, da Beira Baixa, que cedo a cidade lhe roubou. Busca isso nos desenhos que desenha, nas pinturas que pinta. E assim descobre, na força dos traços e no enigma das cores, aquilo a que teve de renunciar: ele próprio, num lugar que deixou de existir. Existir e não existir, real e imaginário são formas de ser que só pela imagem ele consegue fazer viver. Homem sombra no meio das sombras, flamejando: perfis, cores, gritos. A clausura total dentro do espelho.