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[289] Nuvens de Ruído - Joana R. Sá

[289] Nuvens de Ruído - Joana R. Sá

“Nuvens de Ruído” de Joana R. Sá inaugura este Sábado, dia 29 de Outubro na Associação 289.

Joana R. Sá nasceu em Mirandela, no entanto passou grande parte da sua vida em Faro, cidade onde completou os seus estudos na Licenciatura em Artes Visuais e, na Pós-Graduação em Artes Visuais e Performativas na Universidade do Algarve. Atualmente reside e trabalha no Porto, local onde se formou no Mestrado em Artes Plásticas – Especialização em Desenho na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, com o projecto «Lapso: o desvio na imagem.». Participou em várias exposições desde 2013, a destacar a “289 – Um Projecto de Pedro Cabrita Reis” na Associação 289 em Faro (2018), “Noroeste- Sudeste: Novas Perspetivas em Desenho” na Fundação Júlio Resende: No Lugar do Desenho no Porto (2019) e Synchronicity na Plataforma Revólver em Lisboa (2022). O trabalho de Joana R. Sá desenvolve-se em torno do desenho, explora temas como o desvio, o gesto e a memória, conceitos que deram origem a metáforas entre o Homem e a Máquina; o desenho e o código, o orgânico e o mecânico.

“Nuvens de Ruído'' surge de uma procura através do desenho multidisciplinar, do ruído, da harmonia e do silêncio. (...) A pulsão que levou à origem desta exposição e, ao título da mesma, surge da ideia de velocidade - a forma como as sociedades contemporâneas vivem, dos movimentos das grandes cidades e dos enormes rizomas de comunicação existentes actualmente. (...) O Spleen presente na obra literária de Baudelaire é um conceito importante para compreender a exposição Nuvens de Ruído, particularmente o poema em prosa, O Estrangeiro, presente em O spleen de Paris: pequenos poemas em prosa – quando o autor refere que a personagem não se enquadra em nenhuma instituição social (família, amizade, nação, beleza e dinheiro) imposta pelos dogmas da sociedade, o senhor que o questiona, acusa-o de ser um «Estrangeiro fora do comum.» e pergunta-lhe «Afinal não gosta de nada?», a personagem responde «Gosto das nuvens... das nuvens que passam longe...Das nuvens inacreditáveis!» (Baudelaire C., 1921-1867). Por vezes, não temos tempo para olharmos as nuvens, para observar a própria passagem do tempo, o mundo em que vivemos exige-nos um ritmo frenético, não paramos, o próprio tempo é uma ideia criada em prol das necessidades da sociedade, mas não do indivíduo; estamos demasiado ocupados para observar «as nuvens inacreditáveis». A localização da exposição, bem como, o espaço arquitetónico que a acolhe, contém particularidades interessantes para a realização de Nuvens de Ruído, embora se localize perto de uma cidade, com um centro comercial nas proximidades e muito tráfego, é possível encontrar um refúgio na Associação 289 – como uma nuvem num ruído. A exposição surge assim como um convite ao observador, para disfrutar da acalmia da vida num mundo cheio.”

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