Antes sequer de se conhecerem já eram amigos. A história é simples: A música resolveu pô-los a trabalhar antes até de falarem um com o outro pela primeira vez. Cada qual, da sua margem do Atlântico, foi enviando notas, melodias, excertos de obras literárias. No fundo, curiosidades ou consequências das mesmas. O Cordel é isto: um nivelamento entre duas margens, entre duas consciências consonantes, um prumo que guia por um caminho que não se sabe onde vai dar, porém também de nada interessa. Interessantes são os passos que vão dando, e a forma como "à margem" vão assentando as suas comuns traves mestras. Para eles, as cidades de Belo Horizonte e do Porto localizam-se no mesmo quarteirão, e as melodias que vão nascendo com eles, o que vão gravando e mostrando em público, são na verdade celebrações ao encontro, à presença. Pois só nestes momentos é que se encontram, só nestes suspiros de tempo os dois vivem de lombada pendurada num mesmo cordel. Pensando bem existe até um cordel que une uma potencial vontade a um acto consumado. É como uma linha invisível que garante o prazeroso fardo de querer calcar o horizonte. O lisboeta João Ricardo Pires e o portuense Edu Mundo vão tomando essa corda bamba como tema, não fosse o tema sobre os seus próprios destinos aflorados. O disco de estreia foi lançamento em 2019 e Edu Mundo e João Pires preparam-se para lançar o segundo da trilogia.
Entrada: 10 Botas
Reservas: https://forms.gle/MkgRiexbAzt2Kynm6
+ informações: reservas.toca@gmail.com
