Espaço Espelho d'Água
Av. Brasília, S/N - Edf. Espelho d'Água (perto do Padrão dos Descobrimentos) · Lisboa - Lisboa Ver website
Inserida na Temporada Portugal-França 2022, “Margens Atlânticas” nasce em Lisboa, do encontro entre Francisco Vidal, artista angolano-cabo-verdiano que explora as identidades africanas e diaspóricas, e Ariel de Bigault, autora e realizadora francesa com um longo percurso em Portugal e nos países lusófonos. Na sequência de séries como “Black Mamba”, “Tempestade”, “Humans go Home” - variações a partir de temas e/ou figuras – “Margens Atlânticas” é a mais recente série de trabalhos de Francisco Vidal. Inspirado nos filmes de Ariel de Bigault, procura utilizar o desenho e a pintura para explorar momentos, como se de um storyboard “pós-filme” se tratasse. O seu objetivo é “perceber a fronteira entre o filme e o desenho (…) e como esta fronteira se torna uma ponte, uma ferramenta para acabar com os muros.” Trabalhando em co-autoria no âmbito desta exposição, apresentam diversas instalações, nas quais são integrados múltiplos materiais e recursos audiovisuais: dos trechos de filmes da cineasta e respetivos espaços de visualização, à reprodução de imagens dos mesmos que serão confrontadas com os múltiplos desenhos do artista. No Espaço Espelho D’Água visam recriar personagens e situações: de Grande Othelo, Gilberto Gil e Zeze Motta (Éclats Noirs du Samba, 1987), a Lourdes Van-Dúnem (Canta Angola, 2000), passando por José Eduardo Agualusa e Mariza (Margem Atlântica, 2006) e ainda Fernando Matos Silva e Ângelo Torres (Fantasmas do Império, 2020). Em comum, F. Vidal e A. De Bigault visam a criação de arquivos de memórias porvir. Consideram que a falta de arquivos afro-lusófonos e afro-europeus impõe a urgência de registos contemporâneos de figuras, atitudes e ideias que nos juntem na construção do presente e do futuro. “Margens Atlânticas” inaugura no dia 17 de setembro e será a segunda de cinco exposições a apresentar no âmbito das celebrações finais do Espaço Espelho D’Água. Inaugurado em setembro de 2014, este projeto em Belém, Lisboa cumprirá o seu propósito. O de evidenciar neste local histórico o lado afetivo da viagem dos portugueses pelo mundo, através da gastronomia, da música e das artes plásticas. Chega ao fim em novembro, após vários anos a aproximar pessoas e culturas. Recebeu mais de 300 mil pessoas em eventos privados e clientes passantes, e realizou cerca de 300 concertos e mais de 60 exposições. Tendo presente que o mote do projeto tem sido o de, neste local histórico, evidenciar o lado afetivo da viagem dos portugueses pelo mundo, pode concluir-se que o mesmo foi cumprido. Este último ciclo de exposições irá apresentar vários artistas, como poderá ser consultado no calendário abaixo: 3 a 15 de setembro | Jorge Correia | “Vultus Meus” 17 a 29 setembro | Ariel de Bigault e Francisco Vidal | “Margens Atlânticas” (apresentada no contexto da Temporada Portugal-França 2022) 1 a 13 outubro | Luís Jesus | “Memórias de Um Futuro Passado: as Cores São o Que Foram” 15 a 27 outubro | Jonny Páscoa, Igor Costa e Fernandes de Pinho | “Não Temos Aulas Amanhã” 28 outubro a 5 novembro | Lino Damião | “Lândana ao Virei” EXPOSIÇÃO ARIEL DE BIGAULT E FRANCISCO VIDAL “MARGENS ATLÂNTICAS” 17-29 de setembro INAUGURAÇÃO: 17 de setembro, das 17h – 20h Este dia ficará marcado por um encontro-diálogo, no qual o artista e a cineasta darão a conhecer o projeto e algumas curiosidades na relação entre este e os seus percursos. HORÁRIO: diariamente, das 11h às 00h Entrada gratuita
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