7 de Julho | quinta-feira | 21h!!! Pablo Und Destruktion (es) + Oriano (pt) @ Zona Franca nos Anjos (Rua de Moçambique, 42 - Lisboa | entrada: contribuições conscientes - mínimo 3 francas | jantar a partir das 20h)
Pablo Und Destruktion
Pablo Und Destruktion é o alter-ego que o compositor, poeta, cantor, músico, escritor e actor asturiano Pablo García Díaz criou em 2011 e com o qual já editou 6 álbuns e foi delineando um percurso ímpar no panorama musical espanhol. Nele encarna um trovador pós-moderno com algo de herói romântico, que se serve da sua voz e estilo inconfundíveis para nos cantar as suas letras viscerais, desafiantes, poéticas e políticas, pejadas de humor absurdo e ironia e repletas de referências e mensagens entrelinhas, onde se misturam convicções e fantasias, se contam estórias de amor e rebeldia e se procura o sagrado no profano e o universal no pessoal, questionando e reflectindo sobre as ideias de progresso e mercantilização, a falsa sociedade do bem-estar e possíveis rumos pós-queda dos impérios globalizadores do século XX. Regressa a Lisboa (e aos Anjos) depois do inesquecível concerto que deu no RDA69 em 2012 por ocasião de uma festa de angariação de fundos para a reparação de uma carrinha utilizada pelos dUASsEMIcOLCHEIASiNVERTIDAS numa das suas digressões.
Oriano
A guitarra, a métrica, a rima e o canto; os mesmos dispositivos composicionais com que Alexandre Rendeiro vem construindo o seu projecto anglo-saxónico Alek Rein, desta vez dedicados a celebrar esta margem do Atlântico e submetidos à gramática e ao vocabulário do quotidiano lisboeta. Nesta inédita colecção de canções a ser apresentada na Zona Franca nos Anjos, a contemporaneidade do discurso é interrompida por reminiscências do PREC ou dos velhos anarquistas da CGT, mas o nome Oriano é usado aqui como ortónimo em oposição ao carácter heteronímico do songwriter de Mirror Lane. Como tal, trejeitos em honra dos cantautores de resistência dos anos 1970 não devem ser vistos como sinais de soberba artística; são antes meras expressões das vontades da sua geração, a mesma que preenche os recibos verdes que dão o compasso à sua vida precária enquanto sonha com a Comuna de Arroios e a sociedade de autogestão generalizada.
