Numa atitude escapista Fábio Miguel Roque, usou a sua câmara fotográfica para viver uma espécie de vida paralela, numa procura de buscar o futuro no presente, como já nos dizia Agostinho da Silva. Nas suas palavras “Tudo mudou. Senti, e ainda sinto , que o mundo ficou numa pausa indeterminada, num limbo constante. Os meus planos imediatos foram anulados, os meus sonhos tornaram-se mais longínquos, quase como se de uma utopia delirante se tratassem. Isto foi um processo. Uma estranha forma de aprendizagem, de voltar ao início, e sem quaisquer certezas de poder eventualmente recomeçar....; em contrapartida, recorrentemente ficava com a impressão de estar a viver uma outra vida, de estar na pele de uma qualquer outra pessoa.”
Fábio Miguel Roque nasceu em Lisboa em 1985. Vive e trabalha em Sintra. Apesar de ter começado como fotojornalista, atualmente o seu trabalho situa-se entre o documental e o pessoal. Nos últimos anos, tem exposto individual e coletivamente, tanto em Portugal, como no estrangeiro. A sua obra tem sido selecionada para vários festivais e prémios. Foi também publicada e autopublicada, em vários formatos; dos quais se destacam os livros “Origin” e mais recentemente, “Everything Lay Still” e "Orion". Editor e co-fundador do projecto Preto Books, representado pela Adorna Galeria.
