O ano de 2020 ficou marcado pelo quingentésimo aniversário da fundação da povoação de Ferragudo, instituída pela carta de privilégios da Rainha D. Leonor, de 21 de agosto de 1520. Uma longevidade assinalável, digna de ser comemorada com a pompa e circunstância inerentes à memória centenária do lugar. Sob a égide do 500º aniversário, a Câmara Municipal de Lagoa e a Junta de Freguesia de Ferragudo juntaram esforços e prepararam um conjunto de iniciativas que, ao longo do ano, foram tendo lugar sob o mote Ferragudo: 500 anos a Viver o Mar. Infortunadamente, as condições provocadas pela pandemia SARS-CoV-2 obrigaram ao adiamento de algumas atividades e ao consequente prolongamento das comemorações até ao presente ano. Neste vasto e rico programa comemorativo pretende-se envolver ativamente o povo de Ferragudo, como comunidade visada que é, mas também a participação de todos e todas os/as lagoenses. Um programa que, ao colocar em destaque a vila e sede de freguesia e o seu espaço territorial, mais que assinalar o acontecimento dos 500 anos per si, presta-se a deixar uma marca indelével sobre a passagem desta histórica e irrepetível ocasião. A programação foi trabalhada no sentido de abranger as mais diversas áreas, das artes ao exercício físico, da historiografia à gastronomia, do artesanato às festividades populares. Neste âmbito, o ciclo de conferências que principiou a 18 de setembro com o Painel 1 - O mar e o rio, discute o passado e o futuro da localidade com mais dois momentos, assinalados a 23 de outubro e 20 de novembro, respetivamente o Painel 2 - Arquivo(s) e Memória(s) e o Painel 3 - História Paroquial. Sinopse Painel 3 O presente painel de conferências, totalmente dedicado à História da Paróquia de Ferragudo e que encerra este ciclo tripartido, irá decorrer na Casa do Real Compromisso Marítimo de Ferragudo, a partir das 15:15 horas. A intervenção inaugural pertence a Sérgio Ribeiro Pinto (Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica Portuguesa) e versa sobre A paroquialidade de Ferragudo, da guerra civil à separação (1833-1911). Segue-se a comunicação de Ismael Estevens Medeiros, arqueólogo da Câmara Municipal de Lagoa, sobre a criação da freguesia de Ferragudo e a contenda havida com Estômbar – Ferragudo, entre o eclesiástico e o civil: a contenda com Estômbar e a definição dos seus limites (séculos XVIII-XIX). David Luna de Carvalho, do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa, e Paulo Lima, coordenador do projeto “Casa da Cidadania”, aludirão à paróquia de Ferragudo na Primeira República e a questão da ação do Clero que aceitou a Pensão do Estado. A última palestra fica a cargo de Diogo Vivas, do Arquivo Municipal de Lagoa, e aborda o acervo documental da Paróquia de Ferragudo, com A memória arquivística da Paróquia de Ferragudo: conhecer para salvaguardar. As quatro comunicações são antecedidas de visita-guiada à Igreja de Nossa Senhora da Conceição (14:30 horas), conduzida pelo Historiador de Arte João Pedro Féteira (Museu Nacional de Arte Antiga). A participação é gratuita mas requer inscrição prévia em: https://forms.gle/HywtUvNMczuUtNiy5
