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Fernando Aroso ( 1921 - 2018 ) - O último dos grandes fotógrafos do Porto - In Memoriam

Fernando Aroso ( 1921 - 2018 ) - O último dos grandes fotógrafos do Porto - In Memoriam

Grátis
FERNANDO AROSO ( 1921 – 2018 ) in Memoriam

A OPPIA PRESTA HOMENAGEM AO ÚLTIMO DOS GRANDES FOTÓGRAFOS DO PORTO NO CENTENÁRIO DO SEU NASCIMENTO



Fernando Aroso ( 1921 - 2018 ) - O último dos grandes fotógrafos do Porto - In Memoriam
- Exposição Fotográfica -

Curadoria e Impressão fotoquímica : Cristiano Costa Pereira 

Assistente : Jorge Vidal

Design gráfico : Luís Tiago

Inauguração : 30/10 – 18H00   |   Patente até 28/11 

Local : OPPIA
	Rua Barão de São Cosme, 228 – 4000-501 Porto
	917753518  |  oportopictureacademy@gmail.com
	www.oppia.pt

Agradecimentos :  Família de Fernando Aroso 

ENTRADA GRATUITA


		A OPPIA presta homenagem ao fotógrafo Fernando Aroso, neste que é o centenário do seu nascimento, a 16 de Setembro de 1921, na cidade do Porto, onde veio a falecer a 1 de Outubro de 2018, com a provecta idade de 97 anos.

                Fernando Aroso é um reconhecido fotógrafo. Afinal, foi essa a sua principal actividade, à qual dedicou a maior parte da sua vida artística e profissional, em mais de 8 décadas. Foi o seu “acto de fé”, nas suas próprias palavras.
		No entanto, é preciso recuar um pouco mais, no tempo e no ângulo de cobertura, para perceber melhor todo o espectro de percepção e de expressão artística na trajectória do autor bem como, também, compreender a conjuntura estética, política e social e os efeitos das suas sucessivas dinâmicas no panorama cultural em Portugal entre os anos 40 e a actualidade.
		Fernando Aroso iniciou-se na arte fotográfica, desde muito cedo, nos finais da sua adolescência, através dos ensinamentos e do convívio no laboratório de Pedro Duarte Costa, reconhecido fotógrafo e ilustrador que colaborou na publicação A Águia, entre 1915 e 1923, a quem, afectivamente, chamava de “tio Pedro”. No entanto, o grande passo e a verdadeira génese daquela que viria a ser a sua actividade principal, dá-se por volta de 1940 quando adere ao movimento cineclubista amador, realizando filmes no formato de película 9,5mm. Em 1941, torna-se sócio fundador do Condor Cine-Clube, percursor daquele que, mais tarde, viria a ser conhecido por Clube Português de Cinematografia / Cineclube do Porto, ainda hoje em funcionamento. Nesta sua fase, como cineasta amador de um clube que ganhou notoriedade no panorama da época, travou conhecimento e conviveu com diversas personalidades do meio cinematográfico tais como António Mendes, fotógrafo do filme Aniki-Bobó, entre muitos outros, Francisco Ribeiro, o “Ribeirinho”, e seu irmão, o realizador António Lopes Ribeiro, Vasco Santana, João Villaret e diversos outros realizadores, actores e artistas. Participou como assistente em algumas produções nos anos 40. Assistiu às rodagens de O Pai Tirano, de António Lopes Ribeiro, por intermédio do “Ribeirinho”, seu grande amigo, em 1941, ainda com 19 anos.
		Em 1945 abre um pequeno Estúdio de Fotografia ( que manterá até 1960 ) na Rua Formosa, no Porto, onde se dedicará, sobretudo, ao retrato fotográfico. Em 1951, obtém a carteira profissional de fotógrafo e torna-se sócio fundador da Associação Fotográfica do Porto. Pelo seu estúdio passam a grande maioria dos intelectuais e artistas da época. Poetas, romancistas, artistas plásticos, dramaturgos, actores e actrizes, entre outros, tais como Miguel Torga, José Régio, Graça Pina de Morais, Domingos Monteiro, António Pedro, Eugénio de Andrade, Alberto Serpa, Carlos Carneiro, Augusto Gomes, Beatriz Costa, Dalila Rocha, João Guedes, etc. Paralelamente, inicia a sua actividade enquanto director de arte da empresa discográfica Orfeu, para a qual produziu, até 1974, mais de 2000 capas de disco. Tratava da capa de disco de forma integral, do grafismo à fotografia.
São suas algumas das mais icónicas capas de disco, como os de Adriano Correia de Oliveira, Zeca Afonso, Amália Rodrigues, José Cid, Arte & Ofício, entre outros.
		É com a vinda de António Pedro para o Porto, em 1953, para dirigir o Circulo de Criação Teatral / Teatro Experimental do Porto ( TEP), que se dá uma nova fase no percurso de Fernando Aroso. Não só se torna seu amigo íntimo como vem a ser, a convite deste, o fotógrafo de cena de todas as suas produções com o TEP. Adere naturalmente ao explosivo movimento modernista, então em curso. As suas fotografias de cena e os seus retratos, por todos admirados, compõem a sua primeira exposição fotográfica, em 1959. É também neste ano que se estreia na escrita poética com o livro de poemas “Poemas da Inútil Imagem”. Para além do TEP, também fotografou o TUP ( Teatro Universitário do Porto), Teatro Gerifalto, Companhia Rey-Colaço – Robles Monteiro e os Plebeus Avintenses. Em 1961 apresenta um novo livro de poesia, “Primavera Difícil”. 
		Em 1985 apresenta no Mercado Ferreira Borges a sua 2ª exposição fotográfica “Clarabóias e Lanternins do Porto” com apenas algumas da centenas que fotografou e que hoje estarão, na sua maioria, segura e irremediavelmente perdidas. Esta exposição viria a ser apresentada em Vigo, no âmbito da celebração oficial da geminação desta cidade com a cidade do Porto. Mais tarde, em 1988, apresenta no Espaço Sandeman “Dádivas do Tempo”, a sua 3ª exposição de originais. São fotografias de portas, batentes, janelas, postigos, chaminés, cancelas de madeira e de ferro da cidade do Porto. Vestígios de vida que a máquina imparável da cultura inevitavelmente torna obsoletos e o poeta-fotógrafo pressente e documenta, sempre num estóico “acto de fé”. Em 1989, no âmbito da comemoração dos 150 anos do Cemitério do Prado do Repouso, apresenta “Arte e Silêncio”.
		A partir dos anos 90, com a evolução da tecnologia, Fernando Aroso manteve o interesse em documentar e continuou a fotografar em digital, sempre procurando no “seu” Porto amado os sinais dos tempos. A partir de 2000 começou a digitalizar a sua obra, de dezenas de milhar de negativos.
		Em 2008, a convite do subscritor, participou como realizador no 3º Douro Filme Festival – Festival Internacional de Cinema Super 8mm do Porto, tendo arrecadado o 1º prémio com o filme “ Roteiro de um Eléctrico chamado 22 “ na estreia do Festival no mítico Cinema Batalha.

		A exposição que agora apresentamos compõe-se de duas partes fundamentais :

I.	De um lado, são 23 retratos p/b de personalidades do meio artístico e cultural português realizados aproximadamente entre 1958 e 1968 - uma década. 
	A arte do retrato era para Fernando Aroso “a capacidade de transferir o momento interior do modelo para uma grafia que perdura com implicações subjectivas (…) o ponto de intersecção entre os estados de alma do artista e do modelo que, nos momentos de afinidade exacta, capta em imagem perene essa afinidade...” 
	Os retratos foram impressos fotoquimicamente nos laboratórios da OPPIA pelo curador da exposição e director artístico da OPPIA, com a assistência de Jorge Vidal, a partir dos negativos originais, de médio formato ( 6 x 6 ), em papel ILFORD Multigrade Pearl Deluxe, montados sobre cartão prensado, em moldura de 40 x 40 cm.

II.	Do outro, num espaço anexo cenografado para o efeito, a exposição de 98 capas de disco bem como de um conjunto de objectos pessoais do artista, como livros, equipamento fotográfico, bobines de filme cinematográfico no formato 9.5 mm, entre outros, e a projecção em slideshow de fotografias de Fernando Aroso.


Cristiano Costa Pereira
Director artístico da OPPIA


NOTA: 

- Esta nossa iniciativa decorre no âmbito do MIP ( Mês da Imagem do Porto ), que é uma iniciativa do FORUM fotografia/filme PORTO do qual a OPPIA é membro fundador, e que conta com o apoio da Câmara Municipal do Porto.

MIP _ Mês da Imagem do Porto 
Começa no dia 30 e termina no fim do ano. Nesta edição, os envolvidos são: 
Galeria Adorna, ESAP Porto - Página Oficial, ESE  Escola Superior de Educação/IPP, IPF  Espiga ULP - Universidade Lusófona do Porto, MIRA FORUM, Oppia, Salut au Monde! e The Photo Cave Photography/

PROGRAMA AQUI:
https://www.mesimagemporto.pt
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