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As Farpas de Eça e Ramalho e o aparecimento do jornalismo de crítica social e cultural em Portugal

As Farpas de Eça e Ramalho e o aparecimento do jornalismo de crítica social e cultural em Portugal

Grátis
Conferência com Álvaro da Costa Matos

As Farpas foram publicações mensais escritas por Ramalho Ortigão e Eça de Queirós, iniciadas no mesmo ano da realização das Conferências do Casino.

Decerto foram inspiradas em Les Guêpes (1839-1849), de Alphonse Karr (1808-1890). Aparecem em 1871 e com o subtítulo "O País e a Sociedade Portuguesa", os folhetins mensais d'As Farpas constituem um painel jornalístico da sociedade portuguesa nos anos posteriores a 1870, erguido com bonomia, sentido agudo das mazelas sociais, um alto propósito e uma linguagem límpida e variada.

As Farpas foram, assim, uma admirável caricatura da sociedade da época. Altamente críticos e irónicos, estes artigos satirizavam, com muito humor à mistura, a imprensa e o jornalismo partidário ou banal; a Regeneração, e todas as suas repercussões, não só a nível político mas também econômico, cultural, social e até moral; a religião e a fé católica; a mentalidade vigente, com a segregação do papel social da mulher; a literatura romântica... As Farpas eram um novo e inovador conceito de jornalismo - o jornalismo de ideias, de crítica social e cultural.

Entrada livre sujeita a inscrição prévia para hemeroteca@cm-lisboa.pt
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