Quando uma banda como os X-Wife está praticamente sete anos sem lançar um álbum, a expectativa é sempre grande. Quando, neste prolongado intervalo, a sua única canção nova conhecida é a enorme e surpreendente “Movin’ up” e o trabalho dos seus membros se reflecte em projectos sólidos como o Mirror People ou White Haus, a expectativa é ainda maior. São 10 as canções que compõem “X-Wife”. E, mais uma vez, 10 belas canções, trabalhadas ao mais ínfimo pormenor, como se poderá confirmar pelo input do talento convidado a colaborar com o trio ajudando a levá-las mais longe – sejam as baterias de Fred Ferreira ou de Nuno Sarafa, o saxofone de João Cabrita, as vozes de Rita Silva e de Liliana Marinho ou as percussões e misturas de Zé Nando Pimenta. O grande desafio de uma banda com mais de 15 anos de carreira, que conseguiu a proeza de acertar o relógio nacional com o internacional, é manter-se pertinente e a pertinência destes X-Wife, mesmo que mais ocasionais, é a mesma que evidenciaram em “Feeding the machine”, seja na sua cidade natal, o Porto, seja em Londres, Paris, Barcelona, ou outra qualquer cidade fervilhante, porque é da mais ambiciosa modernidade urbana que continuamos a falar.”
