Dilaceração dos corpos, das almas. Exílio, desespero, ausência de amor; irreversível fractura. Linha ténue que separa a vida da morte.
Na impossibilidade de dizer o que não pode ser dito, desassossegada, gaguejada, a palavra fez-se silêncio e contornou a impossibilidade
de preferir não falar e ter que ficar muda para, ao contrario e a exemplo de Paul Celan, neste caminho do impossível, gritar e desacreditar
o mundo com as suas barbaridades, lembrando-lhe o que não pode ser esquecido.
Maria João Cantinho, doutorada em filosofia. Lecciona Estética e Fotografia contemporânea. Publicou poesia e ensaios e artigos na área da
Filosofia e critica Literária sobre Emanuel Levinas e Walter Benjamin, organizou Colóquios sobre os mesmo e sobre Paul Celan.
Paola D’Agostino, italiana, vive em Lisboa desde 2000. Tradutora, escritora e professora de Italiano. Autora de Largo das Necessidade e
Este Frio e Outras Histórias de Amor ed. Fenda. Textos seus aparecem em antologias e revistas em Portugal, Itália, Alemanha. Pratica SLAM.
Paulo Anes, poeta, pensador com obra publicada entre as quais O grito, o olhar e o nó cego; Herdei o quarto da criada; O local do crime na viagem do existir (Poesia)
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