Breve contextualização do momento histórico vivenciado pelos pescadores e famílias sesimbrenses
No dia 11 de abril de 1900, um grupo de pescadores das armações de Sesimbra recusou-se a sair para o mar, em protesto pelo aumento da percentagem do valor da venda do pescado recebido. O armador e administrador do concelho, Alípio Loureiro, contratou camponeses para suprir a falta dos grevistas. Perante esta situação, os manifestantes deitaram-se na praia juntamente com as suas famílias e com outros pescadores que se solidarizaram com a luta, impedindo que as embarcações saíssem para o mar.
Alípio Loureiro deslocou-se então à praia e deu ordem de retirada, que não foi cumprida. O governante chamou uma força militar de Setúbal, a quem foi dada ordem de fogo, primeiro para o ar, e depois fogo baixo, do qual resultou a morte imediata de Hermano José de Faria, que deixou mulher e seis filhos, e ferimentos graves a Joaquim Marujo e António da Feliciana, que acabaram por falecer mais tarde.
Atestando a grandiosidade dos seus atos e a importância deste momento para a história da vila de Sesimbra, amplamente divulgado nos jornais nacionais da altura, a Câmara Municipal, sob recomendação da Assembleia Municipal, atribuiu a designação de 11 de Abril de 1900 ao passadiço que liga a vila de Sesimbra ao Porto de Abrigo.
Passadiço que liga o Porto de Abrigo à vila de Sesimbra
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