Designação: Câmara de Filmar Semi-automática de 16 mm
Marca: KPACHOROPCK
Datação: C.1940
Dimensões (cm): 24,4x17x7,5
Proveniência: pertenceu ao fotógrafo de Porto de Mós, Senhor Alexandrino de Almeida (1916–1995), pai do doador.
Doador: Rogério de Almeida
N.º de Inventário: 1407
O Mês de Maio é, tradicionalmente, um mês de grande ligação à família. Para os crentes na fé católica é um mês dedicado inteiramente a Maria, Mãe de Deus e Mãe dos crentes. E para todos, independentemente da religião, em Portugal, é também o mês em que celebramos o Dia da Mãe, tradicionalmente no primeiro domingo do mês. A data é uma homenagem a todas as mães, que faz deste um dia especial, com os filhos a tentarem não esquecer de dar testemunhos de carinho à sua mãe, presencialmente quando é possível ou em meio de comunicação acessível para ambos. Também neste mês, no dia 15 se celebra o Dia Internacional da Família, cujo objetivo é ressalvar a importância da família e da estrutura do núcleo familiar, na construção de cada pessoa.
Para comemorar o Dia da Mãe e o da Família, apresentamos a Câmara de filmar, aqui numa versão familiar, de uso doméstico e que serviu para registar momentos onde não faltaram os cenários familiares. A máquina, responsável pelas nossas lembranças de convivência em família, lembranças boas, revividas quando revemos os registos de felicidade. Uma verdadeira revolução que permitiu que cada família registasse os seus momentos, as suas celebrações, com as vozes, as imagens e os movimentos de todos os elementos da família. Esta evolução da tecnologia permite o registo de muitos momentos, embora hoje possamos abdicar de registar esses momentos e optar por guardá-los visualmente e mentalmente. Mas a verdade é que a maioria de nós não resiste a gravar esses momentos e hoje, até de forma muito mais simples ao utilizar, por exemplo a câmara no nosso telemóvel, que está mais á mão e podemos partilhar mais rápido. Mas não foi sempre assim e esta câmara de filmar é um exemplo de liderança à sua época. A câmara que não podíamos esquecer na organização da festa de baptismo, casamento, bodas entre outras. Esta peça que hoje apresentamos talvez uma boa imagem dos tempos: líder no seu tempo, revolucionária e capaz de trazer para o quotidiano o registo de momentos “chave” que, outrora estava reservado para efemérides.
Por outro lado, hoje uma máquina obsoleta, destituída por pequenos instrumentos que todos temos à mão. O importante, no entanto, não é a tecnologia, mas aquilo que ela permite registar: a Mãe, a Família!
Museu Municipal de Porto de Mós
Fonte: https://www.municipio-portodemos.pt/pages/1290?event_id=2243
