20:00 até às 17:20
Se eu Pudesse Trincar a Terra Toda / Dança

Se eu Pudesse Trincar a Terra Toda / Dança

de Cecília Hudec e Rui Peixoto

De forma a conseguir ser-se natural e pleno é essencial abraçar as duas metades de um todo. “Se eu Pudesse Trincar a Terra Toda” aborda a virtude de ser calmo numa posição de esforço e onde a única referência são os sentidos e aquilo que é possível captar através deles, trazendo assim luz para a importância da contemplação como ferramenta essencial para a compreensão da natureza humana, do mundo e da forma como nos relacionamos com ele. Inspirada no poema homónimo de Alberto Caeiro, esta peça trata a ideia do equilíbrio, de que tudo na natureza surge aos pares, e que esse equilíbrio não é mais do que o resultado de dois hemisférios que se complementam sem nunca se sobrepor. Alberto Caeiro, heterónimo do poeta português Fernando Pessoa, apresentava-se como um homem simples e sensível, um mero “guardador de rebanhos” em comunhão com a natureza. Para ele, “pensar é estar doente dos olhos” e por isso procurava compreender o mundo através da observação. Porém, a falta de empatia tornou-se num flagelo das sociedades modernas. Cada vez mais o homem perde a sua relação com o outro e com a natureza. Adotando uma atitude reativa, não se permite a compreender as subtilezas e as diferentes perspetivas que podem coexistir no mesmo cenário. Falta-nos tranquilidade para poder gerar e multiplicar o tempo; falta-nos liberdade para abrandar e poder contemplar aquilo que está e que sempre esteve à nossa volta. Fugimos da solidão por acharmos que é anti-natura, negamos sensações desagradáveis porque lhes atribuímos qualidades fatalistas e no processo desaprendemos a estar sozinhos. Por isso, a importância de parar, respirar fundo e sentir que aqui e agora talvez não tenhamos de fazer mais nada a não ser existir.

Criação e Interpretação CECÍLIA HUDEC e RUI PEIXOTO
Música MIGUEL VALADARES
Vídeo JOÃO DIAS
Voz PEDRO LAMARES
Agradecimentos ESCOLA DE DANÇA KLASSIK

Cecília Hudec, São Miguel, Açores – 1986. Iniciou-se na dança aos 3 anos de idade na Escola de Dança Paz e em 2007 licenciou-se na Escola Superior de Dança, tendo feito ERASMUS na TEAK (Helsínquia). Como bailarina, o seu percurso passa pela CiM – Companhia de Dança, Amálgama Companhia de Dança, Companhia de Dança Luís Damas, Companhia de Dança Contemporânea de Sintra, Ballet Teatro Paz e outros projetos, tais como “Mundo de Cartão” de André Sardet, “Do Coração à Alma” de Gonçalo Ferreira, “Cheerleaders Titans”, “Volte-Face do Conflito Estético”, entre outros. É cofundadora/coreógrafa e bailarina do 37.25 Núcleo de Artes Performativas. Leciona Ballet, Dança Contemporânea, Dança Criativa, Dança Inclusiva e é professora certificada de DanceAbility. Tem vindo a complementar a sua formação em dança com workshops e cursos intensivos com a Hofesh Shechter Company, Adam Benjamim, Summer Intensive de Untamed, CiM, entre outros.

Rui Peixoto, Lisboa, 1985. Começou o seu percurso artístico quando ingressou no programa de treino em artes circenses na Escola Profissional de Artes e Ofícios do Espetáculo (EPAOE/Chapitô). Após concluir o Chapitô, e depois de um estágio no Lisboa Ginásio Clube nas disciplinas de tumbling e ginástica artística, viaja para Roterdão para frequentar a CODARTS, University for the Arts. Em 2010 regressa a Portugal, é admitido na Escola Superior de Dança concluindo assim, três anos depois, os seus estudos artísticos. Ao longo do seu percurso salienta o trabalho desenvolvido com Cláudia Nóvoa, Nuno M. Cardoso e Juan Liu, fez formação com o coreógrafo Hofesh Shechter, criou parcerias com a Katarse Ensemble e esteve ligado a companhias como a Shmetterling Companhia de Dança Aérea, Amálgama companhia de Dança e a Companhia CiM. Coreografou a peça “This is not a defense mechanism” e, enquanto bailarino, integrou o elenco de várias peças, entre elas “It Only Feels Real When Its Gone” de Joana Saraiva, “Design To Fail” de Catarina Morla, “Plastisphere” de Rosana Ribeiro e “A Escalada De Um Hurmano” de Marco ferreira.

Fotografia ANDRÉ GUERREIRO



Contacto: Centro Cultural Malaposta

Fonte: https://www.cm-odivelas.pt/conhecer-odivelas/agenda-municipal/todos-os-eventos/evento/se-eu-pudesse-trincar-a-terra-toda-danca
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